Cats: Copas
Está na hora de apresentar um novo membro da família, que desta vez a sua apresentação bem tarde.Quem me segue nos instagram, já conhece esta personagem irreverente que saltou para a minha vida de relampâgo e instalou-se nela como se já vivesse há muito tempo. Apresento-vos a Copas.Como sabem eu tenho vários gatos, 4 no total. E tirando a mais velha, todos foram adoptados e gatos salvos da rua.
A mais velha a Quinas, foi a da ninhada de um familiar, e sempre foi a mais selvagem desde pequena, mas sempre a que todos os vizinhos sempre invejaram. Tem um pelo tipo persa, e uns olhos azuis ceú invejaveis. Mas sempre foi muito esquiva, e faz da nossa casa um hotel: só vem comer e dormir, e ás horas que ela deseja.
Entretanto ( e este infelizmente já não faz parte das contagens..) adoptamos um gato preto, o Kiss. Este foi encontrado num cemitério em Esposende ( buh, um gato preto num cemitério!), o local de onde vêm a maioria dos meus gatos. Mas a minha mãe a falar com a responsável pela Clinica Veterinária de Esposende, ouvia a o gato do outro lado a ronronar. Foi " rom rom " à primeira vista e veio para a nossa casa. Infelizmente, um dia para ai com cerca de 4 anos, teve a infeliz ideia de ir visitar a estrada nacional que encontra-se perto da minha casa. Como podem imaginar, a visita não acabou muito bem.
Depois adoptamos o Tom, o meu cinzento mimado. O Tom, agora com 4 anos de idade, também veio de Esposende, num época, em que as pessoas deixavam os gatos em cartões à porta da clinica, como se fazia antigamente com os bébes nos orfanatos.
O Sam, já veio para a nossa casa grande. Só tinha 3 meses.. mas o tamanho dele já era considerável, como sempre foi em toda a vida dele. Foi encontrado por uns miúdos numa rua sozinho e perdido. Ninguém durante umas semanas o foi reclamar à clinica, e assim veio para a minha casa.
Mas como vêem, neste histórico, nunca fui eu que resgatei o animal da rua. Mas isso tudo mudou com a Copas. O meu tio, um dia chega a casa a pegar em comida de gato a dizer que viu na rua dois gatinhos a correr atrás do carro, mas tinham muita fome. Eu fui com ele para ver o estado, mas .. elas eram bebés tão bebés que mal iam conseguir comer os croquetes, só mesmo porque estavam completamente famintas. Eram duas, a Copas e a irmã, uma cinzenta linda com uns olhos esmeralda, duas pobres que tiveram a infelicidade de nascer com o sexo feminino e como tal, um qualquer ignorante pegou nelas e abandonou-as para morrerem à fome.
Não tive mãos a medir: peguei na caixa que estava lá, pu-las as duas e trouxe -as para casa (já aí a Copas mostrava que não se submetia logo a qualquer pessoa que para apanha la anda tive que usar um truque). Uma vez que elas tinham tanto de pelos como de pulgas, a primeira coisa foi logo dar banho antes de sequer entrarem em casa. Espanto foi que elas em vez de entrarem em pânico com a água quente, foi bebe-la, estavam cheias de sede. Depois de meia hora, com pentes de piolhos, e matar pulgas, que eram tantas que o fundo da banheira ( que era a minha de quando era bebé), ficou preta, foi hora de dar lhes leite e comida mole. Se vissem a barriga com que elas ficaram! De rir! Depois coloquei-as num sitio quentinho aconchegado e aí ficaram. Mas entretanto a irmã estava fraca e morreu.. Infelizmente.
E assim fiquei com a Copas! Inicialmente não ia ficar, ia arranjar um dono. Mas a ligação era tal que não a consegui dar. Eu dava lhe a comida mole, eu punha a na caixa de tempos a tempos porque ela era ainda tão pequena que tinha dificuldades a entrar na caixa que era alta ( no inicio até usei um tapperware), eu andava com um cotonete a fazer no rabinho o que fazem as mães naturalmente para eles defecarem. Basicamente, era a mãe dela. E pronto, aquela gata raquitia sobreviveu, e está ai com a genica toda, sempre com o mesmo olhar gazeado! Tenho de dizer que é uma gata muito precoce, porque ainda com 6 meses de vida, e com os dentes de leite a trocar, já tem o cio. E digo-vos uma loucura! O porquê do nome? Porque ela tem uma mancha em forma de coração.
Aqui ficam imensas fotos dela desde o momento que a apanhei até ao momento atual, em que se vê a recuperação dela. Tentei fazer uma montagem de fotos de crescimento mas não é fácil porque ela não fica quieta!
With love,
Sofia G