Chewbacca, 2 anos de lambidelas e amuadelas
Ninguém diria que este Dobby-wannabe está já a fazer dois anos. Ainda me lembro que o fomos buscar no dia do primeiro jogo do Europeu, em 2016, e porque nos atrasamos criamos o que seria o nosso jantar de praxe sempre que existisse um jogo de Portugal.
Não sei porquê, à custa da ansiedade, não me lembro bem do que se passou em 2016. É como se tivesse limpo esses meses. Lembro me de alguns pontos fortes como a viagem a Madrid, mas o resto é como uma nuvem. Ainda nem acredito que já trabalhava onde estou agora, porque parece que não passou tanto tempo.
O Chewie é um animal de rotinas, desde que veio cá para casa. Do tamanho do chão, começou logo a ocupar o seu espaço grande. Acordar sempre as 7h30, ao fim de semana nos dias mais cansado acorda às 8h. Quando eu saio para o trabalho às 8h30 já foi lá fora uma ou duas vezes, já comeu o seu biscoito da manhã e já está a preparar-se para dormir de novo. Quando chego à hora de almoço é festa e quando saio já está outra vez a preparar-se para dormir. Às 18 está pronto para brincar. Se pudesse caminhava sempre, mas infelizmente não dá. Não reage ao típico "Vamos à rua?" mas reage aos meus sapatos de caminhada, começando a chorar, e podemos estar numa brincadeira desenfreada que basta eu dizer "O meu beijinho?" e sou assaltada por milhões de lambidelas.
Não é muito social com outros cães, ladra por qualquer barulho e na rua é o rei dele, desde que os outros cães estejam do outro lado do portão. Se estiver frio não desce as escadas, molhas as patas não é coisa dele, e também não assenta a peida no chão frio. Não posso deixar papel à mão de semear porque é logo dele. Assume com toda a certeza, que qualquer peluche em casa é dele e de mais ninguém, como já descobriu como desfaze-los: basta marina-los nas zonas das costuras na boca durante uns minutos, a baba e os dentes fazem o resto.Não é um cão chique, nem nada disso. Adora borrar-se na terra, comer erva, e correr com os gatos no meio da terra fresca. Tirar remelas revela o lado negro do Chewie. E não se lhe pode dizer que não, como apontar o dedo, e nem sair sem ele: é amuo para uns minutos. Ou tarde, depende da disposição dele.
Não me via sem ele, e quando passa um dia sem o ver já estou a pensar no que estará o pooch a fazer. O seu feito e lealdade, é opostamente comparável ao seu tamanho. Os animais completam nos mesmo em muitos sentidos, e conseguem enaltecer em nós coisas que nem sabiamos que tinhamos.
Parabéns Chewbacca!
Sinceramente,