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The Daily Miacis

Bitaite da Sexta #57

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A matilha aumentou.

 

No sábado passado, fomos buscar um cão bebé que adoptamos numa associação. Há algum tempo que queriamos adoptar um cãozinho, o Chewie passava algum tempo só ( ou seja sem eu ou o André), aborrecia-se e quando chegavamos nós cansados, tinha a energia toda para brincar. Nos bons dias, eu levo o passear, corro com ele e brinco, mas nem sempre dava, principalmente nestes últimos dias. Então uma companhia do género dele, não muito grande para as brincadeiras serem equivalentes em termos de violência e força, era perfeita.

 

Não foi fácil, e vão perceber o porque das palavras chaves deste bitaite.

 

Primeiro, como referi já na página do facebook, o Olx e Custo justo, muito bem, na secção de venda de animais só aceitam anúncios cujos criadores tenham um registo de como são criadores. Tudo muito correto, e acho bem que exista regulação neste tipo de procriação. O que não faltam por aí é o chamado criador talhante: é só produzir carne para vender. No entanto o problema está nas páginas de adopção. Quem procria cães de raça mas não quer estar registado, para vender o que faz? Basta só colocar adopção de raça x no anúncio e a coisa passa. Utilizam o vocabulário em todo o anúncio, que geralmente não é muito elaborado. Que é que acontece quando perguntamos aí e tal, anda tem cãezinhos para adoptar? A resposta é um redondo não estão para adopção! Da forma mais ofendida. Por isso como podem perceber não foi fácil adoptar um cão bebé, que ficasse geralmente até 50 kms de distância, para adopção e de porte pequeno. Até que encontramos em Monção (foi outra aventura conseguir adoptar mas isso já é outra questão).

 

Nunca acreditem no que vos dizem. A primeira coisa que a senhora me diz é " ele é muito sossegadinho". Só que não, tem a pilha toda. Não tem mal nenhum é bebé, é normal, é de raça pequena, o feitio geralmente é mais vincado.  Mas por experiência aprendi que geralmente o que apontam para o cãozinho, acaba por ser o contrário. Mal ela me dá o pequeno para mão ele abre logo os olhos e começa a lamber e a roer a t shirt. 

 

A verdade é que depois de dois, três dias com o Chewie assustado de morte, a coisa já corre bem. Já se dão bem os dois, brincam até arfar, lambuzam-se, lambuzam-me, correm, partilham brinquedos e não tarda acho que ainda vão dormir juntos. É só o pequeno perder um pouco a pilha, e a mania de trincar quase tudo o que lhe aparece à frente. Tem uns dentinhos de vampiro, e umas unhas pior que agulhas.

 

Como se chama? Yoda, mestre Yoda para vos entreter aqui chegou. Por isso se preparem, para várias aventuras com o Chewie e o Yoda.

 

**

 

 

Próximo mês começa o Septemberthrills! Da Dora e da Cristina. Participem, este tempo que começa a arrefecer já convida a umas leituras mais emocionantes, para nos aquecer.

E por aqui pelo blog, amanhã sairá no instagram a primeira votação da Batalha Qual é o Melhor! Participem!

Sinceramente,

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RESUMO AGOSTO

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Foste comprido Agosto, foste recheado.

 

Trouxeste-me alguma ansiedade que eu soube agarra-la pelos cornos, como se diz, e passou tudo bem. Trouxeste-me cansaço, muito mas muito cansaço. Sinto-me como se navegasse numa onda que me leva arrastada enquanto bato de vez em quando os braços. Trouxeste-me alegria, saídas, amigos. Trouxeste-me ideias e vontade de seguir em frente. Trouxeste-me o Yoda, o novo cãopanheiro da casa. 

 

Este Agosto teve um je ne sais quoi  de reset. Mas o que mais quero agora é que chegue Setembro com uma parte das férias.

 

Enchi-me de muitos planos este mês, muitas ideias. Mas agora tenho de aprimorar, tenho de refinar, tenho de escolher e tenho de focar. 

Também trouxe muita desorganização, logo agora que andava no #organizeasuacasa da Claúdia. Mas a lista tem aumentado aos poucos e também tenho riscado. Ainda assim, não tenho correspondido às minhas expectativas.

 

Não sei porquê, agora que penso no mês, vejo que houve alguma maturação pelo meio. Algumas respostas minhas a certas situações, que vi " deve ser isto o que é chegar aos 30". O que é bom, nem tudo é mau em crescer.

 

Das metas:

Participar nos cortejos da Senhora da Agonia (mas isto nem se punha em questão): Claro, desde o inicio até ao fim. Com todos os tropeções possíveis, mas não falhei. Este ano contei com uma bolha e uma insolação. Mas também com muitos churros, risadas, danças e bons momentos.

Fazer tapetes na festa da Senhora da Agonia: fomos! E gostei! Senti o ar do que é viver na Ribeira, e sai com muitas dores nas pernas e nas costas. Toda borrada. Mas bem contente. O tapete da nossa rua era o mais lindo!

Ler para o book bingo leituras ao sol 2 (não posso arrastar muito mais o the reader's of Broken Wheel recommend): ora bem, li mas nem era dos que estavam previstos. Já nem sei em quantas alterações vou.

Nos dias mais calmos caminhar com o Chewie na praia: fui, mas caminhamos mais pela aldeira. Descobrimos um caminho que nem sei como sabiamos da sua existência mas nunca lembramos que tinha luz à noite. Ou seja é bom para ir caminhar no Inverno!

Ajeitar as estantes para colocar os livros da BD da Disney ( faz parte do Organize a sua casa do projeto da Cláudia): não! Só vou este fim de semana buscar os acessórios que faltam. Mas já tenho a parte da estante para onde vão limpa.

Arrumar as ervas para fazer chá no Inverno: começei, mas ainda não acabou!

 

Sinceramente,

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Bitaite da Sexta #56

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Voltei aos Bitaites da Sexta!

Mas nem por isso com boas novidades.

 

Hoje venho divagar acerca da limpeza dos ginásios, de como sou um foco de doenças, de como os sabões são boas almas, e como o nosso sistema de saúde é mais um departamento de morte assistida. Tanta coisa numa história pequena? Já vão perceber.

Há um mês e pouco,apareceram três manchas na minha barriga- Coloquei um creme e supostamente melhorou. Só que não, e nesta última semana, com o calor intenso e o suor, aquilo piorou. Tentei terça e quarta consultas abertas no centro de saúde, nada. Tentei num hospital, estava a abarrotar de gente e para o que tinha não estava com paciência para estar uma hora à espera ou mais para em 5 minutos me receitarem um creme. Finalmente, quinta consegui consulta porque a senhora lá cedeu. Porquê? Agora para marcar consultas tem que ser presencial. Ou seja tenho que fazer duas viagens.  Se estiver a trabalhar tenho que gastar tempo para marcar e tenho que gastar tempo para ir à consulta. Se estiver doente, de cama que nem me mexa, tenho que me esforçar a sair duas vezes. Ridiculo não é? Na minha opinião é.

Lá o médico disse que era uma cena fungosa. E onde é que a Sofia apanhou isto? No ginásio, claro. Por isso eu mesmo no Solinca já não tomava banho e evitava a piscina. Já tinha ganho um fungo na unha, na piscina. E agora que tomava banho no Fitness up, pois vou na hora de almoço e tenho que ir lavadinha para o trabalho, fico com fungo na pele! Anos, pessoal, anos desde cachopa em piscinas públicas e nunca tive nada. Dois ginásios, e fico assim. O que primeiro me faz questionar da limpeza dos ginásios, como é feita, e que me leva a crer que acho que ainda vou desistir. Vou mesmo é investir numa bicicleta em casa para treinar nas semanas de muita chuva e correr que é o que me faz bem.

 

O sabão? O sabão é só porque parece que é isso que faz bem à pele e que nunca deviamos deixar de usar por causa do pH. Já para não falar que é mais sustetável em termos ambientais por causa do plástico da embalagem.

 

E agora, me desculpem, que eu vou me isolar e matar as bichezas.

 

Sinceramente,

 

Acompanhada comigo mesma

 

 

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Depois de já quase dois anos a conviver numa batalha com o meu eu interior, cheguei a um nível novo: aquele nível perigoso em que pode tudo chegar ao sol e brilhar, ou então cair num abismo de uma forma súbita. Já acabei o desmame, sábado foi a última toma. Fiz uma mudança progressiva, porque quando comecei o desmame comecei a acunpuntura. E não tarda vou começar a meditação matinal.

 

Agora sou só eu comigo mesma. 

 

Penso que talvez seja a fase mais hipócrita e mais tangível de erros. Enquanto estamos na zona má, em que tudo nos pode acontecer e descambar a qualquer hora, sabemos isso, estamos preparados, "é só mais um". Mas quando chegamos a este nível, a confiança pode estar camuflada por uma arrogância, que não é saudável.  Eu estou preparada, isso está certo. Já não tenho medo de ter uma noite em que olha domir 5 horas em vez das 7, em que hoje cheguei a casa e tinha menos atenção  e estou um pouco mais acelarada. Aceitei que tenho defeitos, como todos, e que não sou a única assim. Aceitei que é normal acontecer coisas más, mesmo quando achamos que não merecemos. E que a vida pode ser madrasta, vezes seguidas. Mas é para isso que cá estamos, para corrigi-la, aceitarmos novos caminhos e desbrava los. Mais não seja torna a vida interessante. 

 

A Sofia que agora tem de conviver com a "Sofia" já não é a mesma. Já aceita bem as coisas, mas também sabe ver com o olho critico. Que ok, agora estamos assim, mas podemos estar assim. Vamos tentar colocar a coisa no sitio; se der, vai ser tão bom, senão der, temos mesmo é que aproveitar o caminho. 


Decidi que também estou farta de olhar para um futuro que nunca na nossa vida vamos ter a certeza como ele vai ser, e prefiro viver o presente. Tem o seu peso, e tem a sua falha, mas as memórias que ficam são maiores e melhores. 

Mas o melhor passo que dei e o que me ajudou mais foi soltar me das amarras dos medos mesquinhos e soltar a voz. Mesmo quando não sai mais que um assobio desafinado, o som que é a Sofia perdura no tempo, e por lá mantem-se. Por isso o meu conselho é que não tenham medo de admitirem-se! Antes de mostrarem quem são aos outros, primeiro mostrem se a vocês mesmo, mesmo os defeitos que vos enervam, aceitem. Só aí é que vão aprender a melhora lo. E não tenham medo de serem quem são. Por muito tempo tive medo de mostrar os meus gostos e de lutar mesmo por eles. E quê, hoje sou adoro e sou obececada por azul, e amanhã por rosa? Ainda bem, assim há gosto para todos e estamos sempre a renovar-nos.

Na sala onde estou a escrever não sou só eu e o portátil, o sofá e o Chewie. É tudo isso mais a Sofia que trago dentro de mim, mais a sombra com o peso de um passado que não nos deixa esquecer o presente, mas também um foco de luz que me faz querer agarrar a vida e continuar.

 

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SInceramente,

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BLOGGER
Sou a Sofia Gonçalves. 29 anos. Curiosa sem fim, exploradora de livros, advogada de boa comida, gestora de estados ansioliticos, caçadora de sonhos, escriba escrava da palavras da minha cabeça, pajem dos meus animais.

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