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The Daily Miacis

What I've Been Reading #10 e #11

Este ano estou muito lenta de leitura, mas basta me estar doente que a coisa volta a entrar nos carrilhos! Hoje falo de dois livros que me surpreenderam muito pois não esperava muito deles mas colei por completo. 

What I've Been Reading #10

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 A pintora de plantas, por Martin Davies

The Conjurer's Bird, by Martin Davies

Este livro para alguém como eu que é da área da biologia, tem o seu significado amplificado. Para quem não é da área, é um mundo facilmente explicado mas com a demonstração da sua importância bem apresentada.

Trata-se da misteriosa Ave de Ulieta, um espécime capturado aquando a segunda viagem do aventureiro James Cook, e que desapareceu entretanto ao longo da história. Nunca mais se encontrou nenhum exemplar daquela espécie e por isso é que existe um mistério à volta daquela ave, a única embalsemada e desenhada,  um exemplar num Mundo que provavelmente já deve ter desaparecido nos confins da história.

Martin Davies, pega num assunto ainda não resolvido, em personagens históricas como James Cook, Joseph Banks um naturalista conhecido, pega em mistérios também envolvidos na vida deles como a amante que Joseph Banks teve durante algum tempo mas nunca se soube quem era, e dá vida a essse mistério e de uma forma bastante fidedigna à história e intrigante, e cria um enredo delicioso!

A história passa-se entre o presente, e o passado. No presente temos um conservacionista que é empurrado por homens poderosos à procura de tesouros e prémios, para resolver o mistério à volta desta ave. Mas ele tem de lidar com várias situações: história antigas que não foram acabadas com uma antiga mulher, dilemas éticos acerca do que fazer quando realmente encontrar  a ave e problemas pessoais devido a historial de familia relacionado com obessões a procurar algo inatingivel ( ou não...). No passado, temos o desenrolar de uma história de amor, entre Joseph e a sua amante. O engraçado é que no passado só ouvimos falar da ave no último capítulo! O que é frustante porque andamos sempre a pensar como é possível ainda não se ter ouvido falar na ave. No geral houve uma personagem que me liguei muito e ainda estou naquela fase (mesmo depois de já ter lido outro livro a seguir) de eu não queria que a história parasse. Foi a amante de Joseph, acho que é uma personagem tão forte e tão delicada ao mesmo tempo. As decisões que ela tem de tomar, a forma como ela ve a vida. Quando lerem penso que vão perceber

E no fim, o destino que a ave de ulieta sofreu, foi graças a um simples facto mas que rege sempre em background todas principais decisões desta história: amor.

É lindo o livro, mostra a realidade do que era viver em 1774 e ser uma mulher sem grandes perspectivas, as obrigações impostas sempre de modo abstrato mas tão real pela sociedade. Mostra a realidade, um pouco ao de leve no negócio que infelizmente a investigação cientifica teve que se tornar, abriu em mim de novo a vontade de pintar ( e vão aí então perceber o porquê do titulo em português). Recomendo vivamente!

 

What I've Been Reading #11

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Não queiras ser perfeita, por Jessica Athayde

Vamos começar por clarificar algo: eu não sou fã de livros de auto ajuda. Na minha humilde opinião, acho que a trend dos livros de auto ajuda é uma nova religião, e que nem é muito fundamentada. Os livros de auto ajuda na verdade não deixam de ser verdades já constatadas, mas dissertadas e vista por um outro ponto de vista. Mas atenção, com isto não quer dizer que seja contra. Como este livro demonstra, para cada pessoa resulta métodos diferentes.

Este livro da Jessica, ela própria não quer que se enquadre como auto ajuda. Ela quer que seja mais um relato do que aconteceu lhe na vida e que assim as pessoas estejam mais atentas, a elas próprias e também mudem caso precisem.

Eu li por recomendação de uma amiga (que me conhece muito bem para me ter convencido a ler pois disse que eu ia me rever na Jéssica) e digo, foram duas horas muito bem investidas. Lê-se rápido e aprende-se bastante.

Basicamente a Jéssica conta-nos uma fase má da vida dela com a qual eu me revejo em tantas mas tantas coisas, tem frases que ela diz que eu penso que ela esteve dentro da minha cabeça e sabe bem o que é. E conta como foi mudando a vida melhor, não na direcção da cura, mas na direcção de uma construção de um melhor "eu" e de conviver com a condição que ela e eu tenho: ansiedade.

É interessante, e ela explora ao longo do livro os vários campos onde teve atenção. E dá ideias, exercicios, e até receitas. Penso que vai ser uma ferramenta de ajuda para mim, no sentido em que omo eu já fiz várias partes que ela explora mas entretanto baldei, ela deu-me a força da disciplina que sei que é o que me falta.

 

Desejo-vos um bom fim de semana e que aproveitem já que eu estou há uma semana de cama...-.- Gripe não é fácil!

Sinceramente,

Sofia G.

 

What I've Been Reading #8

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Danças na Floresta, por Juliet Marillier

Wildwood Dancing, by Julliet Marillier

Já há algum tempo que não publicava uma review de um livro sem ser para o desafio. O desafio é muito bom para obrigar a ler livros fora dos temas que queremos sempre ler tendencialmente, mas ás vezes não dá, não há vontade. E este estava mesmo a olhar para mim, aliás esteve para ser o livro para o ultimo ponto do desafio que fiz, mas achei que o livro que ficou com esse lugar melhor para falar.Estava a contar com um livro para um adulto jovem, mas acabou por ser da categoria juvenil na minha opinião, tendo em conta o teor da história, o desenrolar e atitudes das personagens; no entanto não deixa de ser uma história que apela aos nossos sonhos de quando éramos mais jovens, e em algumas partes, uma certa personagem consegue criar em nós um ódio tremendo. No fundo esta história é um pouco que todas nós meninas alguma vez desejamos que era ter um animal de estimação que nos entendesse, ter um mundo mágico fora da nossa casa quando quiséssemos, e aparecer-nos o amor da nossa vida. Este livro consegue ter amor, drama, traição, perda, fantástico, amizade, referências a vários contos conhecidos como vampiros, anões, trolls, fadas,bruxas, e mais outras histórias que se digo, estrago.

Seguimos a história das 5 irmãs que vivem em Piscul Dracului, a casa da família, que era conhecida por existir num local, que de acordo com o folklore da vila, estava ligada a magia mas com um teor mau. Mas as meninas, quando se mudaram para lá, novas, e sem acreditar no que lhe diziam, encontraram um portal que na noite de lua cheia se abria, para um mundo mágico. Então desde aí, uma vez por mês, elas vestiam-se como para uma gala, e iam para esse mundo, passar a noite inteira a dançar com os seres mágicos que as aceitaram como visitantes desse mesmo mundo. Das 5 irmãs a história é contada da perspectiva da segunda irmã mais velha, Jenica, que é a filha mais certa, não tão bela, com uma boa cabeça para gerir o negócio que o pai tinha. A sua mãe morreu havia anos, e só tinham a elas, o pai, e os empregados do castelo. A vida de Jenica é marcada por episódio triste quando era mais criança, em que ela e os seus dois primos direitos, correram e brincaram na floresta, acabando por ir ter ao local que todos diziam ser perigoso, um pântano. E o seu primo mais velho acabou por morrer. Mais tarde, devido a complicações de saúde do seu pai, complicações familiares, e de prioridades, e quem é prioritário, Jenica vê-se desamparada: a sua irmã mais velha está doente porque está apaixonada, seu primo sobrevivente toma conta do negócio, e Jenica acaba por perder mesmo o sapo que era o seu companheiro desde há bastantes anos e com o qual tinha uma ligação muito forte.

A história passa-se na Roménia, o que me deu mais prazer a ler o livro porque eu já estive algum tempo na Roménia e adorei o país. E por isso identifiquei-me com a cultura. Acho que o livro, embora não tenha referências como as conhecemos a vampiros, bruxas, fadas etc., consegue nos fixar na história pelos acontecimentos passados de uma forma ritmica, e então vamos sempre querer saber o que vai se dar depois. E, honestamente, embora possa considerar um conto de fadas no geral, não é assim tão cor-de-rosa pois existe um teor bem negro na história,principalmente no que toca a escolhas que as personagens têm que fazer.

Gostei do fim, foi expectante e no entanto quando começei a ler não diria que acabaria assim, pois até 2 terços do livro a personagem Jenica, que é uma personagem feminina forte, com atitudes garridas, e coesas, via-a sim a acabar bem mas não da forma que acaba.

 É uma boa leitura para estes dias de Verão, pois o mundo descrito lembra um pouco " Um sonho numa noite de Verão", embora a história passe em pleno Inverno continental. Sinceramente,Sofia G. 

BLOGGER
Sou a Sofia Gonçalves. 29 anos. Curiosa sem fim, exploradora de livros, advogada de boa comida, gestora de estados ansioliticos, caçadora de sonhos, escriba escrava da palavras da minha cabeça, pajem dos meus animais.

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