No sábado passado, fomos buscar um cão bebé que adoptamos numa associação. Há algum tempo que queriamos adoptar um cãozinho, o Chewie passava algum tempo só ( ou seja sem eu ou o André), aborrecia-se e quando chegavamos nós cansados, tinha a energia toda para brincar. Nos bons dias, eu levo o passear, corro com ele e brinco, mas nem sempre dava, principalmente nestes últimos dias. Então uma companhia do género dele, não muito grande para as brincadeiras serem equivalentes em termos de violência e força, era perfeita.
Não foi fácil, e vão perceber o porque das palavras chaves deste bitaite.
Primeiro, como referi já na página do facebook, o Olx e Custo justo, muito bem, na secção de venda de animais só aceitam anúncios cujos criadores tenham um registo de como são criadores. Tudo muito correto, e acho bem que exista regulação neste tipo de procriação. O que não faltam por aí é o chamado criador talhante: é só produzir carne para vender. No entanto o problema está nas páginas de adopção. Quem procria cães de raça mas não quer estar registado, para vender o que faz? Basta só colocar adopção de raça x no anúncio e a coisa passa. Utilizam o vocabulário em todo o anúncio, que geralmente não é muito elaborado. Que é que acontece quando perguntamos aí e tal, anda tem cãezinhos para adoptar? A resposta é um redondo não estão para adopção! Da forma mais ofendida. Por isso como podem perceber não foi fácil adoptar um cão bebé, que ficasse geralmente até 50 kms de distância, para adopção e de porte pequeno. Até que encontramos em Monção (foi outra aventura conseguir adoptar mas isso já é outra questão).
Nunca acreditem no que vos dizem. A primeira coisa que a senhora me diz é " ele é muito sossegadinho". Só que não, tem a pilha toda. Não tem mal nenhum é bebé, é normal, é de raça pequena, o feitio geralmente é mais vincado. Mas por experiência aprendi que geralmente o que apontam para o cãozinho, acaba por ser o contrário. Mal ela me dá o pequeno para mão ele abre logo os olhos e começa a lamber e a roer a t shirt.
A verdade é que depois de dois, três dias com o Chewie assustado de morte, a coisa já corre bem. Já se dão bem os dois, brincam até arfar, lambuzam-se, lambuzam-me, correm, partilham brinquedos e não tarda acho que ainda vão dormir juntos. É só o pequeno perder um pouco a pilha, e a mania de trincar quase tudo o que lhe aparece à frente. Tem uns dentinhos de vampiro, e umas unhas pior que agulhas.
Como se chama? Yoda, mestre Yoda para vos entreter aqui chegou. Por isso se preparem, para várias aventuras com o Chewie e o Yoda.
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Próximo mês começa o Septemberthrills! Da Dora e da Cristina. Participem, este tempo que começa a arrefecer já convida a umas leituras mais emocionantes, para nos aquecer.
E por aqui pelo blog, amanhã sairá no instagram a primeira votação da Batalha Qual é o Melhor! Participem!
Trouxeste-me alguma ansiedade que eu soube agarra-la pelos cornos, como se diz, e passou tudo bem. Trouxeste-me cansaço, muito mas muito cansaço. Sinto-me como se navegasse numa onda que me leva arrastada enquanto bato de vez em quando os braços. Trouxeste-me alegria, saídas, amigos. Trouxeste-me ideias e vontade de seguir em frente. Trouxeste-me o Yoda, o novo cãopanheiro da casa.
Este Agosto teve um je ne sais quoi de reset. Mas o que mais quero agora é que chegue Setembro com uma parte das férias.
Enchi-me de muitos planos este mês, muitas ideias. Mas agora tenho de aprimorar, tenho de refinar, tenho de escolher e tenho de focar.
Também trouxe muita desorganização, logo agora que andava no #organizeasuacasa da Claúdia. Mas a lista tem aumentado aos poucos e também tenho riscado. Ainda assim, não tenho correspondido às minhas expectativas.
Não sei porquê, agora que penso no mês, vejo que houve alguma maturação pelo meio. Algumas respostas minhas a certas situações, que vi " deve ser isto o que é chegar aos 30". O que é bom, nem tudo é mau em crescer.
Das metas:
Participar nos cortejos da Senhora da Agonia (mas isto nem se punha em questão): Claro, desde o inicio até ao fim. Com todos os tropeções possíveis, mas não falhei. Este ano contei com uma bolha e uma insolação. Mas também com muitos churros, risadas, danças e bons momentos.
Fazer tapetes na festa da Senhora da Agonia: fomos! E gostei! Senti o ar do que é viver na Ribeira, e sai com muitas dores nas pernas e nas costas. Toda borrada. Mas bem contente. O tapete da nossa rua era o mais lindo!
Ler para o book bingo leituras ao sol 2 (não posso arrastar muito mais o the reader's of Broken Wheel recommend): ora bem, li mas nem era dos que estavam previstos. Já nem sei em quantas alterações vou.
Nos dias mais calmos caminhar com o Chewie na praia: fui, mas caminhamos mais pela aldeira. Descobrimos um caminho que nem sei como sabiamos da sua existência mas nunca lembramos que tinha luz à noite. Ou seja é bom para ir caminhar no Inverno!
Ajeitar as estantes para colocar os livros da BD da Disney ( faz parte do Organize a sua casa do projeto da Cláudia): não! Só vou este fim de semana buscar os acessórios que faltam. Mas já tenho a parte da estante para onde vão limpa.
Arrumar as ervas para fazer chá no Inverno: começei, mas ainda não acabou!
Voltamos ao 365 dias com Poirot e Marple! Que saudades que eu tinha!
Resumo:
Amy Leatheran é uma jovem enfermeira encarregada de acompanhar o casal Kelsey na sua viagem para Bagdade. Finda a tarefa para a qual fora contratada, Amy prepara o seu regresso a Londres quando é inesperadamente contactada pelo Dr. Leidner, um arqueólogo de renome, para dar assistência à sua mulher, Louise. De facto, Louise é uma pessoa extremamente nervosa e sofre de súbitos e incontroláveis ataques de pânico. No cenário longínquo de uma escavação arqueológica nas margens do rio Tigre, Amy conquista o afecto e a confiança de Louise, que lhe faz confidências sobre o seu passado e chama a atenção para os estranhos acontecimentos que ocorrem no acampamento e cuja origem é unanimemente atribuída aos seus próprios problemas nervosos. Mas depressa se torna óbvio que as suas suspeitas estavam correctas. E quando a tensão tinge o seu auge eis que surge o inigualável Hercule Poirot, numa oportuna viagem pela Mesopotâmia. Por entre um labirinto de segredos e mentiras, Poirot parece, desta vez, ter chegado tarde de mais
Quando comecei a leitura desta obra de Agatha Christie, estava crente que era um dos meus episódios favoritos das série. Mas parece que afinal era outro, em que só vi o fim.
A voz que narra esta história é a da enfermeira, Amy. É uma experiência diferente e agradável, porque é num tom um pouco mais pessoal, intimista, sem papas na lingua e até curriqueiro. Não é tão limpo e tão melancólico como quando é o Hastings.
Hercule Poirot aparece na última metade da história, e não é das histórias em que ele se envolve mais. Uma vez que é a enfermeira que narra a história acabamos por "conviver" no seio do dia a dia dos suspeitos todos.
Embora me lembrasse quem era o autor do crime, não sabia como começava a história, qual a relação das personagens. Contudo, foi uma história que não me encantou muito. O tipo de dedução com que Hercule desvenda o mistério, é daqueles em que é muito difícil de ter alguma pista ao longo da história, porque tem alguma trabalho dele fora da narrativa. Então por isso, não é das histórias que mais me fascina. Gosto de chegar ao final e pensar, pois é, realmente na história tinha passado esta pista e não vi.
Ainda assim, quando nos é apresentado o autor do crime, é surpreendente, nunca pensariamos em tal.
Como última leitura do clube Companhia da Tinta, o livro escolhido foi o clássico "Frankenstein" de Mary Shelley.
Resumo:
Frankenstein conta a história de Victor Frankenstein, um jovem estudante, que a partir de corpos de seres humanos que obtinha em cemitérios e hospitais consegue dar vida a um monstro que se revolta contra a sua triste condição e persegue o seu criador até à morte.
Esta leitura nem foi surpresa nem foi despreendida de todo. Simplesmente não teve nada que me agarrasse.
Embora diferente das várias versões já encenadas deste clássico, a história em si já não era surpresa, pelo menos para mim. Frakenstein, cria um monstro a partir de pedaços de outras pessoas. Mas o monstro que ele criou, não nasceu como tal, mas foi gerado pela própria mentalidade do Frakenstein e da sociedade. Foi aqui que a história me perdeu. Nâo foi tudo o que o monstro passou, e consigo perceber porque ele se transforma realmente no que todos o chamam. O que não consegui entender, foi aquela passagem, em segundos, pelo menos é assim que entendi na leitura, em que Frakenstein passa de obecado/extasiado para horrorificado. Simplesmente não entendi como alguém, que levou a sua mente a um esgotamento, dia e noite a trabalhar naquele projeto que nasceu sem uma razão que o justificasse, apenas curiosidade, e de repente, no momento do auge desse projeto, sem ainda ter analisado como deve ser o seu resultado, desiste, esconde-se e simplesmente ignora. Poderá ser uma critica à sociedade daquele tempo, que na minha opinião não tem assim tanto impacto.
A partir desse momento, que é quase 1/3 do livro, a história perdeu-me. Perdi um pouco o respeito pela personagem do Frakenstein. Pensei que como já em várias versões, tivesse existido uma razão mais profunda para criar aquela obra, e que por isso, realizasse, que não foi correto, algo do género. A mudança de atitude, mostrou demasiada fraqueza de espírito.
No final da leitura, acabei por ter mais ligação com o narrador, que conhece Frakenstein no final da sua vida, que com todos as personagens que habitavam nesta história.
Como já tinha referido na página do blog, vou acabar com o clube Companhia da Tinta. Já teve um começo atribulado, e a dinâmica, é pouca porque também não consigo manter tanta quanto queria. Por isso esta foi a úlima leitura, e o projeto seguinte será mais uma espécie de leitura partilhada para quem quiser. Será "Quem é melhor?", em que farei uma votação mensal, e o título que sair será para ler e ver o filme numa das adaptações, caso tenha mais que uma. Vão participar?
Sinceramente,
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Sou a Sofia Gonçalves. 29 anos. Curiosa sem fim, exploradora de livros, advogada de boa comida, gestora de estados ansioliticos, caçadora de sonhos, escriba escrava da palavras da minha cabeça, pajem dos meus animais.