To talk: Endings
Desde crianças, principalmente nós raparigas, estamos habituadas a ouvir histórias de encantar onde uma princesa enfrenta horrores e terrores, mas tudo acaba bem no final nas mãos do seu príncipe. Embora agora as histórias já sejam mais evoluídas e a princesa trabalhe pelas suas próprias mãos para resolver o problema, tudo acaba bem.
Na escrita de contos e histórias, o que se aprende é que a história tem que ter 3 momentos: o momento em que um objeto de desejo é exposto ao nosso herói como conquistar o amor da vida dele ou ganhar dinheiro para comprar uma casa - exposition -, o momento em que o herói é confrontado com uma barreira ou então todo o caminho em que luta para conseguir o objeto de desejo - confrontation - até que atinge o climax, o momento que se resolve toda a problemática balançando-se de novo a vida do herói - resolution.
Mas, e se não chegamos nunca chegamos ao finl? A vida é um ciclo constante dos 3 momentos de escrita. Nós encontramos um objeto de desejo, esfolamo-nos (alguns, porque a outros caem do céu) para o obter, e no final acabamos bem ou mal. Mas acabamos, problema resolvido. Será assim tão claro?
Eu acho que há sempre aqueles objetos em que nunca vamos conseguir obte-los e passamos a vida no momento 2: em constante batalha para chegar ao final, embora possa estar adormecida em certas fases da vida em que muito enganados pensamos que resolvemos o assunto. E o que acontece se nunca chegamos ao momento de balanço? Passamos do meio do livro imediatamente para o fim?
E será que temos que chegar ao final? Certas batalhas que temos no nosso individuo interior, são o que nos identifica e define as nossas acções. É pena é que certas batalhas sejam mais penosas que outras, e as perdas não sejam equivalentes em todas as situações.
De uma forma ou de outra, todos nós somos lutadores e batalhamos pelos nossos desejos, desde os mais normais ou mais estranhos, desde aos mais íntimos aos mais banais. O que não entendo é porque só algumas pessoas é que são levadas por essa batalha...
With love,
Sofia G