Com a Sieira na mão
Se há coisa que a crise trouxe de bom, embora por motivo mau não posso deixar de sublinhar isto, foi a recuperação de antigas modas, costumes e tradições. Aumentou a nossa consciencialização do consumo elevado, levou-nos a alimentar a criatividade no que toca a reutilizações, e a aceitar de novo velhos itens que ainda há uns 6 anos as pessoas ririam-se à força toda. Eu sempre fui uma fascinada em objectos antigos, ainda antes desta moda (nem vos digo o que encontrei no outro dia, estou mesmo aflita para vos mostrar quando estiver boa). Mas aí está, dantes chamavam-me parola. Agora dizem "É mesmo engraçado não é?" (como as nossas opiniões mudam facilmente). Sendo uma orgulhosa Vianense e minhota, cá em casa não falta a toalha com os desenhos tipicos do lenço do namorado, a toalha com o galo de Barcelos já existiu, tenho a minha bolsa à lavradeira, e os lenços. E mais uma quantidade de objectos tipicos. Mas faltava-me algo que tive quando era pequerrucha, e que agora voltou à baila aos poucos e poucos: a sieira de junco, a saca de ir ao mercado como eu digo.
Eu comprei em tamanho mini, mas honestamente acho que vou comprar o tamanho grande também. Acho-a mesmo pitoresca, engraçada e um pedaço de tradição e história que levo na mão. Não é uma bolsa que leve para todo o lado, aliás ainda só a usei uma vez, e por várias razões: se chove não vale a pena levar, como não tem fecho temos que estar mais atentas, e não combina com tudo. Mas gosto dela e está pronta para quando a quiser usar. Quando for para algum lado pintar, talvez seja esta a minha bolsa para levar os pincéis e todo o resto do material. Em tamanho grande também dá para ser utilizada como uma cesta para piquenique, ou mesmo para ir às compras uma vez que agora com a falta dos sacos de plástico, utiliza-se outras vias. Eu ainda hei-de ter uma cesta daquelas que abrem dos dois lados como as da Anita Picnic, que tenho uma fixação desde sempre, mas um dia uma delas será minha.Sinceramente,Sofia G.