Do curso de aguarela
Tinha feito mal as contas e estava crente que ainda tinha mais um sábado de aulas. Fiquei triste quando apercebi-me que o sábado passado era a última aula.
Foram 4 sábados muitos bons. Encurtaram um pouco os meus fins de semanas, tive que apertar outras tarefas, mas deu para tudo. E que bom que foi. Deu para várias coisas: matar saudades de passear pelas ruas do Porto, voltar a andar muito de metro, voltar a comprar material de arte e voltar a pintar.
Como já tinha referido, sempre gostei de aguarela e sempre foi o tipo de pintura com que me dei bem. Acrílicos, óleo, guache, pásteis, não tenho jeito nenhum para isso. Eu sempre fui um pato de água, e isso extende-se à pintura. Cheguei à conclusão que afinal o pouco que sabia, pouco me valia porque de facto sem as técnicas bases, sem o treino preciso no base, o que fazia estava errado. Aprendi que também não tenho muito jeito e que a coisa só vai lá com: prática, prática e prática. E aprendi que quero mais disto na minha vida, e que fui uma idiota por colocar de lado.
As quatro aulas foram poucas para tudo que é necessário. Falamos sobre a ténica base da aguarela que é sempre do claro para o escuro, que o branco não existe que é o branco que oferece o papel. Falamos da transparência e de como montar camadas a camadas, falamos de técnicas de aguadas e treinamos, como de técnicas de pintura (humido sobre humido, levantamento de cor, etc), falamos das cores, falamos de como nasceu a aguarela e dos vário autores desde o inicio até aos dias de hoje. Embora o tempo foi reduzido para todo o conteúdo que existe, foi eficazmente aproveitado, e foi um bálsamo para a minha alma.
Com pena minha não continuo por lá, mas fiquei empolgada e quero continuar a trabalhar com aguarela. Já tenho mentalizado na minha cabeça que tenho de treinar sempre todas as semanas como se fosse ir ao ginásio. E para além disso faz me bem. Muito bem.
Sinceramente,