A pedido de várias familias (não foram muitas.. vá foi a Heidiland), resolvi fazer um post acerca de mais informação sobre cactos e suculentas. E como é algo que me dá imenso prazer, aqui está uma pequena colectânea de informação que fiz sobre cactos/ suculentas e sobre os que são preferível para interior. Vamos a uma aulinha de biologia primeiro?
Suculentas são plantas que apresentam orgão como folhas, caulas ou raízes capazes de armazenar água quando existe abundância da mesma, para sobreviver nas épocas de escassez. Durante os períodos de abundâncias o caula "incha", e quando existe dimunuição de água, ele contrai.
Dentros das suculentas temos os cactos que são os nativos da América do Sul, e que possuem a auréola que é a principal diferença para as suculentas. A auréola, é o arranjo radial dos espinhos onde aparecem os rebentos e flores; esse arranjo difere bastante ao longo dos géneros. Por isso se diz todos os cactos são suculentas, mas nem todas as suculentas são cactos.
Outra confusão recorrente, é entre suculentas/cactos com euphorbias. Euphorbias, podem ter espinhos, e quase nenhuma folha, mas não tem auréola. E se cortarmos uma zona da planta, o liquido que sai é pegajoso e opaco, quase leitoso. Enquanto que numa suculenta/cacto é transparente.
Suculentas/cactos são plantas que gostam muito de sol. Contudo nem todas gostam de muito sol direto, só gostam da luz e podem até queimar. Já me aconteceu em alguns exemplares que tinha. Ainda assim são plantas que precisam de algumas horas de luz : numa sala com luminosidade, numa beira da janela, numa marquise, são alguns dos sitios ideiais. Não esquecer que consoante a exposição solar/ quantidade de horas de sol, tem que se planear bem a água que se vai fornecer.
Mas agora perguntam quais os que são melhores para o interior. Temos que pensar no inicio. Ou seja, temos espécies de suculentas/cactos de deserto e de selva. Logo aqui podemos facilmente ver os que toleram mais sol e os que não toleram, bem como graus de humidade. Por isso, quando comprarem / receberem / herdarem/ roubarem uma suculenta/cacto tentem saber qual a espécie. Existem muitos grupos no facebook onde ajudam muitas páginas na internet com informação, e livros.Se comprarem, geralmente hoje em dia já vem um papel com o nome da espécie que já ajuda, assim podem procurar mais informação. E também já sabem que água deitar. Mas geralmente não muda muito: no Verão uma vez por semana, no Inverno dependendo do local onde estão, mas uma a duas por mês. São plantas que morrem mais por zelo em excesso do que por falta de cuidados.
Resumindo :
O ultimo ponto parece um pouco "esquecam tudo o que disse e façam como quiserem" mas não é bem isso que quero dizer. Eu e o meu pai temos várias espécies de suculentas em comum e uns proporam comigo e outras com o meu pai. E por vezes é por coisas como o local onde está, mais sol menos sol.
Acabo com uma lista de espécies que são apreciadores de mais horas de sombra.
Crassula ovata "Gollum" - Tenho duas, uma com um tom mais verde que o outro. Gosta de algum sol direto mas não muitas horas.
Gasteria acinacifolia - tive uma destas mas morreu... (Nero tratou do assunto). Mas é uma espécie que gosta de sombra, e bastante água.
Arbusto Jade Anão (ou Elephant Food), Portucalaria afra . Na foto é a do lado esquerdo, mas esta é o arbusto jade, só.
Aeonium urbicum - Faceis de crescer. A foto não é relativa a A. urbicum mas pertence ao género.
Agave attenuata - quase todas do agave gostam de umas horas de sol.
Aloe aristata - Penso que é o aloe zebrado que lhe chamam. São de meia-sombra
Echeveria derenbergii - Estas são perfeitas para um parapeito de uma janela. Precisam de bastante luz, e precisam de uma rega abundante nos tempos mais quente, mas é preciso ter um bom solo com boa drenagem, a água não pode ficar muita retida senão apodrece as raizes. Retirar as folhas podres à medida que a planta cresce.
Sempervivium sp. - Sempervivium é uma das minhas favoritas. As formas não variam muito, mas variam muito em cor, tamanho e textura. São nativas de ambientes alpinos, ou seja locais agrestas, secos e frios. Estão são fáceis de manter, porque não requerem muito água, nem solos ricos. Como o próprio nome indica "sempre vivas", crescem imenso. Estas são próprias para a varanda ou a parte de fora de um parapeito de uma janela. Na foto é a que está do lado direito. No lado esquerdo está Haworthia, que também não é muito apreciadora de muito sol direito.
Para hoje não tinha planeado este post mas não conseguia esperar até à semana. Então, como uma boa cusca, ontem fui procurar neve. Não dava para resistir. Pelo facebook era tudo a publicar como o Norte estava branco. Por isso tinha que se investigar, porque.. é neve. Não sei qual o meu fascinio mas gosto de ver a paisagem pintada de branca, o frio no corpo e depois correr para tomar algo quente.
Contudo não foi dos melhores dias. Estava a chover e simplesmente não parava. O que levava a crer que talvez chegando ao sítio já não ía haver neve. Mas enganamo-nos! De um momento para o outro, literalmente, o monte passou de verde/castanho a branco! Lindo, lindo! A neve mesmo já com a chuva que tinha caido, e horas desde o nevão ainda tinha uma altura relevante. Aqui nas fotos não dá para realizar isso, porque não paramos nos sitios com muita neve. Estava algum trânsito para o normal naquela zona, e a chuva a partir de certa altura começou a ser bastante. E para adicionar a isso, nevoeiro. Como podem reparar pelas lentes, não dava um segundo sem que caísse água. E fria, porque estive só 10 minutos sem luvas na mão, e, fiquei com a mão fria e adormecida pelo frio.
Aproveitamos para levar os cães, a Haruki que é a cadela do meu pai, e o Nero, que foi a primeira vez que viu neve na vida dele. E como podem ver, gostou, foi para a água gelada, comeu caca de vaca quando me apanhou distraída, andou a cheirar tudo o que podia e depois correu para o quente do carro.
Ontem fiz a viagem da praxe para ver esses montes por aí acima. Nem havia esperança de neve, porque com este calor anormal para a época, o ar estava frio mas não chegava para neve. Embora se vá por caminhos familiares, há sempre espaço para se explorar um pouco. E desta vez foi em direcção a Valdepodros, que fica antes de Lamas de Mouro, perto da Gavieira, É uma terra isolada, com prados e montanha juntos. Todo salpicados de gado cacheno, é engraçado ver velhos costumes a aparecerem. No entanto soube-se depois que o costume voltou por outro interesse: os subsidios do Estado. Ou seja têm cabeças para receber o subsidio mas o gado que se arranje só. É um pouco triste, digo-vos.
À parte deste lado feio português, Valdepodro, tem uma coisa engraçada que já não se vé muito e que é tipico daquela zona: está cheio de construções de casa antigas, em que ainda se usava placas de granito sobrepostas. Metade da aldeia são estras contruções, logo como podem ver, Valdepodro é simples mas nem por isso perda a sua beleza natural. A natureza é que impera por lá, e é rigida e linda. As construções cobertas por musgo, iluminadas por aquele sol que penetra por camadas de ar frio, é.. lindo. E o silêncio só é quebrado pelos pássaros ou pelo burburinho baixo das eólicas. Deixo vos aqui fotos, para vos mostrar um pouco do que é. Porque como eu digo sempre, andamos sempre à procura de coisas bonitas lá fora quando temos tão perto de nós. Alerta: sim, tem a foto típica dos cogumelos. Onde há Sofia com uma máquina, tem de haver cogumelos ou insectos.
No restaurante de Valdepodro, tinha um casal de cães, um arraçado de pastor alemão, outro de Castro Laboreiro, e tinham uma ninhada de peluches! Não são fofinhos? Aqui só estão dois mas havia mais. A minha vontade era pegar neles e fugir!
Não é lindo?
Eu queria comparar a primeira foto com uma que tirei no inicio deste ano, que publiquei quando ainda estava no Wordpress, mas o Wordpress faz-me o favor de não me deixar exportar um ano inteiro de post. Não é simpático? Por isso deixo aqui o link para verem se quiserem. Aqui a foto está no inicio, no post da neve é das ultimas fotos.
Bom domingo! E com este sol é que é mesmo um bom domingo não é verdade? Já tinha saudade de me esticar ao sol, fechar os olhos e ficar embalada pelo calor que está lá fora. E de andar mais leve, no que toca a roupa.O jardim então nem se fala. Mesmo alterado pelo Nero, que pensa que é um jardineiro, o jardim floresce de vida. Mas, o que eu gosto mais é mesmo de ver a minha colecção de cactos, que cresce (ainda hoje comprei 3 novos para acrescentar) e que mesmo tendo já perdido alguns para os arranjos do Nero, é bonito vê-los a crescer, florir, e ganharem vida depois do frio que foi este Inverno. Sei que parece uma obessessão, e é, mas não me farto de partilhar fotos deles. Gosto de ver como ao longo do tempo eles vão se alterando, como crescem, e a própria colecção vai se alterando, de tal forma que a estufa já partiu os eixos das rodas com o peso, e até o próximo Inverno tenho que arranjar outra alternativa. Tenho tempo ainda!Deixo aqui fotografias deles, pois vou aproveitar ainda o pouco sol que há! Se quiserem ver mais posts da minha colecção de cactos podem ver aqui e aqui (pensei que já tinha partilhado mais, mas no Instagram tem muitas mais).
E os pequeninos que vou aproveitando sempre alguma parte que caia e que dê para reproduzir.
Sinceramente,Sofia G.
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BLOGGER
Sou a Sofia Gonçalves. 29 anos. Curiosa sem fim, exploradora de livros, advogada de boa comida, gestora de estados ansioliticos, caçadora de sonhos, escriba escrava da palavras da minha cabeça, pajem dos meus animais.