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The Daily Miacis

O que tenho lido #30

 

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A leitura de Maio/Junho do Clube dos Clássicos Vivos, foi " A volta ao mundo em 80 dias" de Julio Verne. Votei neste clássico, pois há muitos anos que o queria ler. Foi uma leitura agradável, sem dúvida, no entanto desiludiu-me. Por alguma razão tinha ideia de que seria uma viagem emocionante e linda pelos diversos aromas, sabores e cores do mundo. Mas acabou por ser um sem fim de mudanças de veículos sem qualquer tempo para ver o que se passava ao redor, e com muita pouca emoção pelo meio. É um livro que fez um bom balanço entre demasiada descrição - demasiado lamechas. Mas o resultado foi uma linha de narrativa, que não nos aquece nem nos arrefece.

 

Phillea Fogg é um gentleman no sentido lato da palavra, é um inglês no sentido nato da nacionalidade: ele não tem qualquer sentimento e quando tem, não conseguimos prever nenhum alteração quimíca no corpo dele que nos mostre um fenótipo emocionante. Como tal, quando assistimos à discussão que gera a aposta em que como Philleas Fogg dá a volta ao mundo em 80 dias, vemos no discurso dele que aceita aquilo como um facto, como dizer que consegue tomar um banho em 5 minutos. 

 

A aventura começa assim, pouco sabemos da vida de Philleas Fogg, mas também ao longo da história pouco mais ficamos a saber dele. Sabemos que é um homem em que o relógio vive segundo a vida dele, e rotina está lhe na alma, no sangue, em tudo. Acabamos por gostar mais do empregado que ele contrata no próprio dia em que sai para empreender na viagem que até aquele momento todos pensavam impossivel. Passpartout, é deveras a personagem querida e que nos dá alguma visão do que está a acontecer, e que nos consegue criar alguma ligação à história. Com isto Philleas Fogg com Passpartou de Londres, e viajam em direcção à India, onde acontece o primeiro percalço da viagem em que Philleas Fogg salva uma donzela da morte certa, e onde também entra no percalço deles o principal obstáculo deles, o antagonista, que pensa que Philleas Fogg foi o ladrão que roubou o Banco de Inglaterra. Com este grupo viajamos pelos mundo, em 80 dias, passamos pelos pontos principais da Inglaterra colonial, e é isto. É uma forma bem rápida de dar a volta ao Mundo. A leitura é tão fluida que facilmente vemos os pontos chaves de cada país, mas nada demais: sabemos que estamos na América porque o comboio é atacado por Índios, estamos na Índia porque andam num elefante, e no Japão porque o pessoal anda vestido de Kimono. As descrições do contexto do ambiente, falham. É óbvio que para um livro com esta história se fosse a descrever tudo como devia a coisa, não saiamos mais do sitio, e uma viagem de oitenta dias ainda parecia um ano. Aliás, nem é o intuito deste livro. É um clássico de aventuras, em que as personagens saltam de uma acção para a outra sem muita pausa.

 

Recomendo este livro no sentido de que é um clássico faz parte da literatura, e é uma leitura agradável. É um bom livro para levarem na carteira ou mochila, e lerem em locais que não estão muito atentos à história porque de facto não precisam de muita atenção ao pormenores: eles viajaram desta história.

 

Sinceramente,

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BLOGGER
Sou a Sofia Gonçalves. 29 anos. Curiosa sem fim, exploradora de livros, advogada de boa comida, gestora de estados ansioliticos, caçadora de sonhos, escriba escrava da palavras da minha cabeça, pajem dos meus animais.

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