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O que tenho lido #32 + Book Bingo Leituras ao Sol 2

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Antes de me alongar, tenho que apresentar uma errata ao último post "o que tenho lido". É que o livro que li para o desafio 365 dias com Poirot e Marple, vou colocá-lo no desafio do Book Bingo Leituras ao Sol 2. É a minha primeira leitura e a minha primeira alteração à TBR. Vai contar para a categoria "Livro que tenha sido publicado há mais de 10 anos". A data de lançamento de "Os crimes de Abc" é de 1936, logo penso que entra bem nesta categoria.

 

Regressando ao título do post (que esteve para ser um vídeo mas com a minha timidez gigantesca e complexos desisti) e dentro do tema Book Bingo Leituras ao Sol 2, li para este desafio o clássico de ficção cientifica "Um estranho numa terra estranha" vol 1 de Robert Heinlein, pertecendo à categoria "Prémio Literário Estrangeiro". Robert Heinlein com esta obra obteve os prémios Hugo Award for Best Novel (1962) e Prometheus Hall of Fame Award (1987). 

 

A leitura deste livro também contou para o desafio 101 livros de fantasia e ficção cientifica.

 

Resumo:

Há vinte e cinco anos, a primeira missão a Marte terminou em tragédia e todos os tripulantes morreram. Mas, na verdade, houve um sobrevivente. Nascido na fatídica nave espacial e salvo pelos Marcianos que o criaram e lhe ofereceram uma nova vida, Valentine Michael Smith nunca viu um ser humano até ao dia em que é descoberto por uma segunda expedição a Marte.

Ao regressar à Terra, vê-se pela primeira vez entre o seu povo. Começa então um percurso de aprendizagem dos códigos sociais e preconceitos da natureza humana, totalmente alienígenas para a sua mente. Nesse processo de descoberta e integração, Valentine irá partilhar com a Humanidade os rituais sagrados que aprendeu em Marte e retribuir com as suas próprias crenças sobre o amor e o sentido da vida. Mas conseguirá alguma vez deixar de se sentir um estranho numa terra estranha?

 

Tenho uma relação bem estranha com este livro. É só o volume 1 da história mas acho que tem alguns plot holes. Contudo o que me desiludiu mais foi que eu tinha uma ideia errada da acção, que me criou expectativa e me desiludi a ler a história.

 

Valentine regressa ao planeta terra com  segunda expedição a Marte. Depois de todos os aparatos com ele porque tendo nascido e desenvolvido num planeta com baixa gravidade, regressar à Terra com 1g é necessário preparar o corpo para isso. Então Valentine vai para o hospital onde fica isolado. Todos pensam que o isolamento é meramente cuidar bem de Valentine, mas é aí que Ben Caxton e Jill entram, pois compreendem que existe todo um interesse por parte do Governo: é que até aquele momento nenhum país tinha pretensão sobre Marte, e Valentine tendo em conta toda a buracracia realizada na primeira expedição é como se fosse o dono de Marte. 

 

Depois de algumas artimanhas, Valentine é salvo por Jill e acabam na casa do Jubal, local onde vai ser colocado em trânsito um plano para conseguir dar os direitos todos a que Valentine tem. 

 

Ao longo deste percurso  Valentine é arrastado como uma criança inocente, aceitando as coisas. E é neste pequeno pormenor que me encantou a história. É que toda a experiência de ensinar Valentine, os conceitos e preconceitos da sociedade humana, e conseguir ensinar a aplicabilidade nas situações corretas, numa mente tão inocente, tão simples e tão bondosa, gerou diálogos que chegam mesmo a dissertar sobre a nossa condição humana. Tem diálogos lindos. Aliás, metade da história neste livro são diálogos acerca de Valentine ou sobre o seu passado (que se fala muito, muito pouco), ou sobre toda a burocracia que o levou a ser uma peça puzzle chave (que nalgumas vezes não entendi porque eram conceitos tão intrinsecos à história que não percebia a sua aplicabilidade), ou então trocas de experiências e aprendizagem com Valentine. Tudo isto ocorre basicamente em três cenários:: o hospital, a casa de Jubal e o local final onde acontece a conferência. As personagens são fantásticas: não há cá muita complexidade, excepto talvez em Jubal, mas a verdade é que toda a dinâmica gerada entre eles é fantástica. Adorei a personagem de Jill, que no inicio pensei que não me ia aquecer nem arrefecer, mas surpreendeu me bastante ao longo da história.

Tem alguma intriga esta história, o que seria de esperar quando temos Governo com interesses próprio. 

 

Dei três estrelas, no entanto sei que esta história merecia mais, até porque eu gosto quando a história andar a roçar ali nos conceitos de ética. Mas não consegui abstrair me das coisas que me faziam falta. Senti falta de um pouco de acção ou pelo menos de uma narrativa mais acelarada, precisava de fechar umas ponta soltas. Quero ler, sem falta o segundo volume para tirar as teimas acerca da história.

 

Quem já leu qual a vossa opinião? Preciso de discutir o livro com alguém porque li este livro numa fase de cansaço e tenho medo de não ter aproveitado o livro como devia ter aproveitado. 

 

Sinceramente,

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Sou a Sofia Gonçalves. 29 anos. Curiosa sem fim, exploradora de livros, advogada de boa comida, gestora de estados ansioliticos, caçadora de sonhos, escriba escrava da palavras da minha cabeça, pajem dos meus animais.

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