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The Daily Miacis

O que tenho lido #36

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Como última leitura do clube Companhia da Tinta, o livro escolhido foi o clássico "Frankenstein" de Mary Shelley.

 

Resumo:

Frankenstein conta a história de Victor Frankenstein, um jovem estudante, que a partir de corpos de seres humanos que obtinha em cemitérios e hospitais consegue dar vida a um monstro que se revolta contra a sua triste condição e persegue o seu criador até à morte.

 

Esta leitura nem foi surpresa nem foi despreendida de todo. Simplesmente não teve nada que me agarrasse.

 

Embora diferente das várias versões já encenadas deste clássico, a história em si já não era surpresa, pelo menos para mim. Frakenstein, cria um monstro a partir de pedaços de outras pessoas. Mas o monstro que ele criou, não nasceu como tal, mas foi gerado pela própria mentalidade do Frakenstein e da sociedade. Foi aqui que a história me perdeu. Nâo foi tudo o que o monstro passou, e  consigo perceber porque ele se transforma realmente no que todos o chamam. O que não consegui entender, foi aquela passagem, em segundos, pelo menos é assim que entendi na leitura, em que Frakenstein passa de obecado/extasiado para horrorificado. Simplesmente não entendi como alguém, que levou a sua mente a um esgotamento, dia e noite a trabalhar naquele projeto que nasceu sem uma razão que o justificasse, apenas curiosidade, e de repente, no momento do auge desse projeto, sem ainda ter analisado como deve ser o seu resultado, desiste, esconde-se e simplesmente ignora. Poderá ser uma critica à sociedade daquele tempo, que na minha opinião não tem assim tanto impacto.

 

A partir desse momento, que é quase 1/3 do livro, a história perdeu-me. Perdi um pouco o respeito pela personagem do Frakenstein. Pensei que como já em várias versões, tivesse existido uma razão mais profunda para criar aquela obra, e que por isso, realizasse, que não foi correto, algo do género. A mudança de atitude, mostrou demasiada fraqueza de espírito.

 

No final da leitura, acabei por ter mais ligação com o narrador, que conhece Frakenstein no final da sua vida, que com todos as personagens que habitavam nesta história.

 

 

Como já tinha referido na página do blog, vou acabar com o clube Companhia da Tinta. Já teve um começo atribulado, e a dinâmica, é pouca porque também não consigo manter tanta quanto queria. Por isso esta foi a úlima leitura, e o projeto seguinte será mais uma espécie de leitura partilhada para quem quiser. Será "Quem é melhor?", em que farei uma votação mensal, e o título que sair será para ler e ver o filme numa das adaptações, caso tenha mais que uma. Vão participar? 

 

Sinceramente,

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O que tenho lido #10

 

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As votações do Clube dos Clássicos Vivos, para os meses de Novembro-Dezembro elegeram o clássico " A Ilustre casa de Ramires". Decidi que ia participar nas leituras desse mês, porque tenho em mente há vários meses que devia ler mais clássicos portugueses, pois verdade seja dita, ler clássicos estrangeiros e não conhecer os do meu país, faz me sentir um pouco inculta. Contudo, não são livros que me chamem muito a atenção, à primeira vista. Por isso, sabia, que tendo em vista a leitura em conjunto ia me sentir mais pressionada por assim dizer, a acabar-la.E consegui! Demorei 2 meses para ler mas li!

 

Conclusão: não gostei lá muito do livro, mas li. Vamos ver porquê.

 

" A ilustre casa de Ramires"  é uma critica social. Fala de Gonçalo, cuja familia Ramires é anterior ao próprio Portugal como reinado. Gonçalo, fidalgo a viver num mundo rural, embarca na aventura de escrever uma novela para um jornal acerca de uns antecedores da familia dele que enalteceram a história de Portugal. Simultaneamente, surge a oportunidade de enveredar no campo político, algo que lhe daria um  degrau para se comparar com os seus antecedores. Com todas as personagens que o rodeiam, enveredamos nesta missão do Gonçalo de continuar a missão dos antepassados e contribuir para a história de Portugal. 

 

Este livro póstumo de Eça de Queirós, tem uma caricactura da sociedade que atuava no final da monarquia em Portugal detalhada. Talvez seja por isso que eu não encarei com a personagem principal nem com a maior parte de todas as histórias. Aquela sociedade alta, cujos interesses eram supérfluos ou então banais, entediava-me. A própria narrativa era simples (embora com uma linguagem um pouco complexa porque havia palavras que eu nunca tinha visto e tinha que rever todo o sentido da frase) e nalguns casos um pouco demorada e confusa. Ao longo do livro temos passagens, um pouco sem aviso, da narrativa da vida de Gonçalo para a novela que ele proprio estava a escrever. Tinhamos páginas com histórias não muito ligas à narrativa principal.

 

A narrativa na maior parte da história é lenta. Temos descrições do dia a dia do Gonçalo no mundo rural que, arrastam a narrativa. São pontos importantes é certo, até mais não seja pela própria critica social, mas tornavam o avançar da história muito lento. Até ao final: quando chegamos ao último capítulo a velocidade da história que tinha ficado no auge mas ainda sem o desfecho final, aumenta. Sabemos o desfecho da vida do Gonçalo pelo narrador e por conversas das outras personagens, até que temos um discurso de uma das personagens que rodeavam o dia a dia do Ramires, em que compara o feitio de Gonçalo com o próprio Portugal. 

 

Como personagem principal, Gonçalo aborreceu-me. Achei o insípido, e um vira-casacas, perdoem-me a expressão. Facilmente trocava de motivo, ou de opinião sobre determinada pessoa. Facilmente acreditava numa história e fazia todo um cenário à volta disso. Não gostei, como alguém que devia ser nobre e sábio, achei que era facilmente convertido e interesseiro, como quando ele afinal pensa em aceitar falar com André para as questões de politica e facilmente fica amigo dele como se nada passase. Contudo talvez seja essa a mensagem, se de facto Gonçalo encarna o espirito de Portugal. 

 

Foi o meu primeiro Eça de Queirós, porque eu não li "Os Maias" na escola. Custou me ler nalgumas partes por isso demorei, mas li. Agora tenho um livro dele "O mistério da estrada de Sintra" escrito em conjunto com Ramalho Ortigão, que diz ser o primeiro policial português. Uma vez que este ano estou com o desafio 365 dias com Poirot e Marple, com espiritio policial, penso que será um bom enquadramento. 

 

Sinceramente,

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Clube do Livro Companhia da Tinta

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O final da semana passada não foi muito bom.

 

Mais não quero adiantar porque me custa falar. 

 

O fim de semana foi o que me valeu. Nada como companhia de bons amigos e companhia dos livros para nos animar a alma. E foi assim que correu o primeiro encontro do nosso clube de livro Companhia da Tinta. 

 

Sempre quis ter um clube dos livros como já referi milhões de vezes por aqui. E assim, eu e a Victoria, juntamo-nos e seguimos os nossos sonhos. Não foi ao sabor de um chá das cinco, com scones e earl grey, mas foi ao sabor do frio de Setembro que se fazia sentir nos jardins do Palácio de Cristal na Feira do Livro do Porto, e terminado com um jantar do K.F.C.. Podemos dizer que não foi com o requinte inglês, mas com o requinte sul americano: a lambuzar os dedinhos. 

Foi um dia em grande. Decidimos que livros vamos ler : "O Retrato de Dorian Gray " de Oscar Wilde e " Os Falsários" de Bradford Morrow. E como vai funcionar o clube de livro: os encontros presenciais serão de 2 em 2 meses, e também vai se realizar um desafio especial todos os periodos de dois meses em que serão dados pontos, e a pessoa com mais ponto receberá um livro. O desafio deste periodo é livros ligados ao Halloween (não é o máximo!?).

 

Vamos criar um forúm para a dinâmica via online e, um blogue que já está criado (ver aqui). 

 

E vocês, vão participar no Companhia da Tinta?

 

Sinceramente,

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Bitaite da Sexta #17

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 Este fim de semana será o primeiro encontro do Clube de Livro "Companhia da Tinta". Por coisas da vida seremos só duas, porque o restante gangue que estava interessado não consegue vir ao encontro físico. Vamos, eu e a Victoria Dane fazemos a festa toda, não se preocupem e vamos fazer uma lista de como irá funcionar o clube e as sugestões dos livros a ler. 

 

Sempre quis ter um clube de livro, como se vê nos filmes americanos, asim mesmo aqueles ao estilo retro. Eu sou uma romântica, eu sei.

 

Sinceramente,

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BLOGGER
Sou a Sofia Gonçalves. 29 anos. Curiosa sem fim, exploradora de livros, advogada de boa comida, gestora de estados ansioliticos, caçadora de sonhos, escriba escrava da palavras da minha cabeça, pajem dos meus animais.

thedailymiacis@gmail.com

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