Foi mais uma romaria da Senhora da Agonia. 4 dias de festa, que foram aproveitados até ao último segundo, ou pelo menos, até onde o cansaço e corpo aguentou. A privação de sono não nos tira a vontade, pois é a chieira, a vaidade, e o orgulho na tradição que nos dá o ímpeto e a vontade de festejar.
Este ano a coisa começou um pouco mal. O cortejo da mordomia, que geralmente é de manhã, este ano passou para as 4 horas da tarde. Nesse mesmo dia começou uma vaga de calor, com aviso da segurança civil. A organização do Vianafestas, este ano tinha começado de uma forma excelente. As inscrições para o cortejo da mordomia foram online, e muito simples. Bastava comparecer no dia com o QR code! Fácil, não era? Problema, foi que colocaram no comprovativo da inscrição que era para comparecer às 16 horas, momento em que o cortejo deveria estar era a sair do seu local de formação. Eu por acaso nem li (se havia informaçao importante, bem que ficava com problemas),pois assumi logo, se é para sair as 16 horas, tenho de estar antes. Pois nem todos pensaram assim, e com lógica correto? E não só atrasaram pelas horas de chegada, como colocaram duas pessoas a fazer a entrada de seiscentas e trinta mulheres.
Até se esquecia isto tudo, mas o calor era tal, que combinado com o tempo que já não comiamos, o não hidratar para evitar de ir ao WC (ir à sanita com aquele fato é qualquer coisa), e o próprio peso e calor do traje, criou as consequências fisiológicas lógicas: escaldões, desitração e insolação. Desmaiaram três miudas, e eu tenho a certeza que tinha uma insolação. Fiquei aluada, um pouco confusa nalgumas situações, e com a luz não via quase nada.
Mas nem isso nem a minha partner in crime das mordomias, (Royalness), nos fez desistir. Fomos até ao fim, e deram a todas um lanche, um gesto muito bonito por parte da diocese, e que não conseguimos agradecer o suficiente.
No dia seguinte, com os pés já um pouco calejados, foi o cortejo. O traje desse dia é mais frescote mas o tempo também ajudou, a aragem do vento melhorava a nossa disposição. O tema do cortejo foi a construção da Ponte Eiffel, construida pelo mesmo Eiffel da Torre Eiffel, que este ano faz 140 anos. Todo o cortejo, tanto histórico como etnográfico foi relacionado com esse tema, a construção da ponte de madeira, a vinda do comboio de vapor, e a economia que movimentou, como a ida à feira. Foi nessa ida à feira que estava o meu traje, com o cesto de ovos.
Depois do cortejo, foi o dia de fazer os tapetes de sal coloridas, nas ruas da Ribeira para passar o andor da Santa Maria da Agonia, depois da procissão ao mar, que faz este ano 50 anos. Começou tudo com a vinda da imagem da Nossa Senhora de Fátima, que deu uma volta ao mar num barco, e assim começou uma tradição que alegrou as pessoas.
Esta é a noite mais comprida do ano, em que muitos estão a fazer os tapetes e outros a ver!
E mais um marco do ano! Como eu gosto de fazer estas passagens, são pequenas renovações que o ano nos traz.
Agora é arrumar tudo de novo, e aguardar pelo próximo. Mas estes dias, a cores e os desenhos inspiraram me tanto para trabalhos manuais. Estão interessados em ver alguns dos trabalhos?
Posso dizer, sem vergonha, que Dezembro é daquelas minhas fases favoritas do ano. Adoro este espírito natalício. Sim podemos afirmar que mais de 50% é consumismo. Mas para mim o que perdura é o espírito de bondade, de nostalgia, e de paz. É o sentimento de voltar a ser criança, de estarmos juntos, de sermos nós.
Acrescentamos a isso a recta final do ano, é uma época de retroespectiva: não só nos lembramos nos Natais passados com muita frequência, de quem já não está cá e de quem veio de novo, como fazemos as contas ao ano inteiro. E enchemos o peito de esperança e coragem para um ano novo, com 365 ( e um quarto) páginas completamentes lisas, prontas para serem preenchidas.
Este ano, depois de muitos Natais sempre ocupada, vai saber bem. Acaba o trabalho na sexta, tenho sábado e domingo para preparar bem a casa e fazer muita comida mesmo que sejamos poucos ( eu sei é exagero, mas gosto de cozinhar e esta é das poucas senão a única época do ano que posso fazer muito ao mesmo tempo e quem vem a casa come sempre). Mas depois do Natal, férias.
Vai ser uma semana ainda incógnita porque penso que vamos desfazer o cerco da desarrumação, mas vai ser a semana para os acertos. Este mês passa a correr, quer queiramos, quer não. É jantares de Natal do trabalho, dos amigos que estão sempre connosco, da familia que veio dar um pulo. É o mês de estreia de mais um filme de Star Wars. Há sempre qualquer coisa que falta comprar. E entre isto tudo quero parar, sentar e pensar a sério no rumo da minha querida vida.
Quero olhar em frente e pensar: eu vou seguir por aqui.
Por isso, sem mais demoras, as metas para este ultimo mês de 2017 são:
Comprar os móveis e decorar o escritório
Preparar o bullet journal para o próximo ano.
Planear as metas do próximo ano (não esquecer a máxima menos é mais)
Quem me conhece que esta música, aquela intro, e tudo o que se refere a Totoro, dá me um brilhozinho nos olhos. Se quiserem cantar está aqui a letra. (Arukou, arukou, watashi wa genki).
Outubro é aquele mês que espero sempre que chegue. Setembro é uma época de passagem, em que acaba a ázafama do mês de Agosto, começa a limpar-se o que sobrou do Verão. É uma época em que ainda está calor mas o frio aparece de leve. Outubro é um mês que definitivamente marca, e muito mais para mim. Já estamos no Outono, e por muito que seja um ano anormal, as árvores já estão pintadas de amarelo e vermelho. No ar já paira um cheiro frio, e já nos agrada pensar chegar a casa vestir umas meias e pegar numa manta. Pensamos em comidas aconchegantes, e é a reta final de conservar para o Inverno o que o Verão deu de sobra. É a época das compotas, das castanhas, dos figos.
E é o mês místicoper se, é o mês das bruxas, do oculto, do sobrenatural. Cheira a misticismo quanto mais nos aproximamos do dia 31 e não é só porque as lojas já estão cheias de decoração.
Como senão bastasse tudo o que já disse, é o mês do meus anos. Faço anos mesmo ali no meio, que faz com que metade do mês penso ainda falta para os meus anos e na outra metade penso "carambas já tenho mais um, que se lixe vem aí o Halloween".
Este Outubro é especialmente importante para mim. Primeiro, é o último antes de entrar na casa dos -inta (sinto me idosa...). Segundo é muito importante porque vou começar outra fase do tratamento da ansiedade. Espero conseguir, espero passar vitoriosa nesta fase e conseguir começar a abater os kilos extra que ganhei.
Tendo isto em conta, para o mês de Outubro as minhas metas são:
Criar um excel para começar a rever bem as minhas poupanças.
Destralhar de vez a parte de cima da casa.
Ao entrar noutra fase do tratamento, tenho mesmo que começar a fazer mais yoga em casa.
Anotar as minhas ideias para a(s) história(s) que tenho.
Acabar as leituras para o clube de leitura e marcar o próximo encontro, da Companhia da Tinta.
Tirar o curso de bordados.
Ver as séries Outlander, The Orville, e Star Trek Discovery.
Festejar o Halloween como deve ser.
Tentar me divertir nos meus anos
Criar novas rubricas para o blog, e pensar na rubrica do Natal (se quiserem dar ideias sou toda ouvidos).
Espero conseguir cumprir as metas, algumas não tenho mesmo outra hipótese que não as cumprir.
Sinceramente,
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Sou a Sofia Gonçalves. 29 anos. Curiosa sem fim, exploradora de livros, advogada de boa comida, gestora de estados ansioliticos, caçadora de sonhos, escriba escrava da palavras da minha cabeça, pajem dos meus animais.