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The Daily Miacis

DIA A DIA // Relatividade do tempo diário

Sou uma criatura de hábitos. Houve uma fase que pensei que era supersticiosa porque repetia sempre os mesmos processos quando pensava que me davam sorte no dia a dia. Mas com a idade, e como diz bem a Lei de Murphy, se alguma coisa tem de acontecer de mal, acontece independentemente se eu como com um garfo azul, ou bebo antes de comer. Por isso conclui que sou é mesmo uma criatura de rotinas e hábitos. Ainda assim sou uma pessoa que gosta de trocar rotinas por outras rotinas e renovar as rotinas. Mas isso já é outro assunto.

 

De uma forma ou de outra, a nossa rotina diária acaba por se resumir em acordar, trabalho, casa, dormir. Isto é os intervalos de tempo certo? Adiamos muitas coisas para fazer nas folgas ou fim de semanas, para nos momentos entre o trabalho, descansar e porque, geralmente usamos a desculpa "não tenho tempo". É mentira, o tempo fazemos nós. 

 

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Com a ansiedade, quando comecei a fazer o re ajuste de certos processos diários que eu fazia, como a criação de hábitos de sono, reparei que muito do problema advinha de, chegar do trabalho, banho, jantar e alapar o rabo no sofá a ver séries ou um filme. A verdade é que esta rotina diariamente, não é boa, pelo menos para mim não funciona de todo. È uma rotina  básica sentar e olhar para um ecrã dá azo a muito tempo para pensar. Nada bom para quem sofre de ansiedade. Para além disso, chegava ao final da semana, analisava o que fiz e parecia me, primeiro que a vida não valia muito porque era trabalho casa, casa trabalho, e segundo que não fazia nada da vida para além de trabalho, que para mim, é triste. Triste até porque muito do meu problema era não me identificar com o trabalho tendo em conta que o meu sonho era mesmo ser bióloga.  Aceitado que a vida é mais do que isso, também conclui que a diversidade no dia vai melhorar a minha forma de estar com a vida. 

 

O blogue, ler, e trabalhos manuais, fizeram não só que a minha ansiedade melhorasse como me fizeram recuperar mentalmente, e melhoram o dia a dia. A relatividade da distância entre uma saida do emprego até a entrada seguinte, faz com que a passagem do tempo pareça maior e que a vida foi melhor aproveitada. Uma caminhada sem contar, ler, fazer um bordado, bullet journal são grandes aliados neste aumento do tempo. A diversidade das tarefas e quantidade, aumentam a relatividade de dia para a dia. O truque é mesmo fazer um pouco de cada coisa, como ler umas páginas do livro e ver um episódio da série que seguem. 

 

Não digo que temos de ser todos iguais, que temos todos as mesmas necessidades e disponibilidade. Mas penso que é um bom ponto a pensar, porque é o tempo livre que nos define porque é onde somos nós. 

 

E vocês, relativizam o vosso tempo?

 

Sinceramente,

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DIA A DIA // O romancismo das pequenas coisas

Enquanto conduzia e ouvia a música " The story of my life" dos One Direction ( estava a dar na rádio, juro que não faz parte da minha playlist), ouvia atentamente o refrão e lá dizem este meninos, que conduzem a noite toda para a manter quente " I drive all night to keep her warm and time is frozen". Conclui que o romance à moda antiga, o romance das pequenas coisas, o romance do sacrificio para fazer o outro feliz, desapareceu.

 

Não vos falo daquele romance cliché, peganhento, nem de tragédias gregas ou Romeu e Julietas. Mas dos pequenos gestos como conduzir uma noite inteira só para estar com alguém, no sentido de proteger essa pessoa. Acho que o problema são mesmo as redes sociais e as novas tecnologias. Digo isto não porque agora é trend como se fosse algo novo, apontar o dedo a tudo, e radicalizar o assunto. De repente todos falam das redes sociais como algo maléfico, mas, falam disso para o mundo como? Através de uma rede social. Aliás, reparem o quão irónico seria uma dessas modas ser bem sucedida a 100%. As redes sociais e novas tecnologias deviam por si aprimorar a nossa vida, qual cereja em cima do topo do bolo: fazer o mesmo trabalho em menos tempo e permitir que a comunicação fosse mais fácil e acessível para todos, como encurtar distâncias nesta época da globalidade. Mas a verdade é que não só nos fez trabalhar mais porque podemos fazer muito mais no mesmo tempo, como estamos mais disponíveis. E por isso desvalorizamos o contacto. Não é uma coisa imediática, nem é extremista, e não acontece só a certo tipo de pessoas ou faixa etária, mas a verdade é que o facto de sabermos que podemos facilmente contactar acabamos por nos tornar menos sensibilizados.

 

Claro que numa relação de distância, ainda bem que temos estas tecnologias! O mal está nas coisas pequenas do dia a dia. Pensem: mandar uma mensagem pelo messenger ou um e-mail a alguém, tem o mesmo impacto que enviar uma carta para alguém e sabermos que essa mensagem só será lida daqui a 2, 3 dias (isto se os CTT não estiverem em greve ou a carta não for extraviada)? Todo o processo da criação da carta, o cuidado a escrever, tudo o que seja essencial e a forma como está escrito, o processo da escolha do que vai ser escrito e como, e só o facto de ter que esperar que seja enviado e esperar pela resposta, cria outro impacto. O facto de durante o dia podermos estar constantemente a falar com as outras pessoas, faz com que quando estivermos com eles a conversa já não tem o mesmo valor  porque novidades? De facto já nem no Continente. E o romancismo morreu porque a uma distância de 30 km, resolve se com um emoji e boa noite, com bejinhos, e não uma viagem, ou o impacto de só falarem quando esses 30 km forem galgados.

 

Eu não rezo para que voltemos ao tempo da pedra. Eu prezo pela época em que vivemos pois temos todo o conhecimento e valores do passado ainda bem presente na nossa memória colectiva, e já temos tecnologia que nos facilita a vida. Mas como sempre, abusamos (você abusoooouuu! tirou partido de mim, abusouuuu!) e viramo nos para os extremismos, quando a nossa  responsabilidade devia ser guardar o melhor de todas as épocas. Somos os actores e espectadores do filme da nossa vida, mas que com esta pressa de viver, acabamos por nos sentar mais vezes a fazer replay foward com a ideia de que temos tempo para fazer a cena que faltame esquecemo nos que deviamos era mais viver as cenas, e criar mais cenários.

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Utopia? Talvez. Romântica? Sem jeito, eu sei. Mas o que está em causa aqui não é eu querer conduzir noites para ir ter com o meu mais que tudo, e comprar um conjunto de escrever de cartas com cera e brasão para fechar os envelopes. Para mim está em causa um dos pilares da nossa condição humana: a sociabilidade. Porque as redes sociais transformaram a socialização num egocentralização: as fotos que publiquei, os grupos de participei, as páginas que criei, os jogos que joguei, os filtros que usei. 

 

Por isso dêem um abraço hoje se têm tempo e amanhã dêem outro, conduzam durante a noite só para dar um beijo (mas com cuidado ok!), escrevam cartas e mandem recordações das coisas que viveram: uma flor que viram no campo e vos lembrou de alguém, uma foto do vosso pequeno que não vai desaparecer do telemóvel.

 

Sinceramente,

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ORGANIZAÇÂO | Google Keep

Eu gosto de organização: listas, agendas, e notas. Mas eu acabo quase sempre por funcionar no dia a dia por notas. Porque embora eu adoro organização não quer dizer que eu seja a pessoa mais organizada. A verdade é que preciso da organização para não ser um caos de pessoa, e para não me esquecer. É que é mesmo para não me esquecer das coisas. Eu posso estar a pensar numa coisa agora, e daqui a 10 minutos essa coisa desapareceu da minha cabeça como se nunca tivesse existido. Por isso notas e notinhas são o pão nosso de cada dia, pelo menos para mim. Por exemplo no meu trabalho, tenho um caderno onde vou apontando o que tenho de fazer que me vou lembrando, vou riscando, e na falta do caderno é papeis e mais papeis em cima da secretária. Em casa já não é tanto assim,  mas o telemóvel compensa isso. 

 

Já mencionei que costumo ter ideias nices para posts, mesmo a linhagem do pensamento e escrita, tudo quando estou a conduzir ou em locais que não posso parar e escrever. Então lembrei me pelo menos enquanto conduzo, gravar por exemplo, ou entao anotar as ideias soltas e depois  quando fosse dia de tratar da agenda editorial do blog, juntar essas notas. 

 

Um dia a falar com a minha prima e amiga do Fairystyle e do Royalness (sapo blog de coisas reais! Visitem, e se adoraram o ultimo royal wedding lá tem muita informação!), ela mencionou o Google Keep.  E bendita a hora que passei a conhecer essa app.

 

É uma app que basicamente funciona a notas. Mas as notas podem ser notas somente, listas, gravações, que ficam todas no mesmo interface. Podemos marcar por datas ou marcar por localização, por exemplo entram no Continente e aparece um reminder a dizer que já estão no Continente têm de comprar papel higiénico e umas frutas para casa.  Podem colocar as notas por pastas, notas do blogue, notas do trabalho, notas da dieta. Tudo isto sincroniza com o vosso Google Drive, o que é bom caso o vosso telemóvel faleça por causa de uma queda (eu sei bem do que falo), e podem ainda ter uma extensão no vosso Google Chrome para marcar coisas para app. Estou bem contente com esta aplicação e tem me ajudado bastante no dia a dia. 

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 E deixo aqui um vídeo em como podem tornar a vossa app funcional.

 

Já conheciam? Já utilizam?

 

PS: não, este post não é patrocinado por nada da Google.

Sinceramente,

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BLOGGER
Sou a Sofia Gonçalves. 29 anos. Curiosa sem fim, exploradora de livros, advogada de boa comida, gestora de estados ansioliticos, caçadora de sonhos, escriba escrava da palavras da minha cabeça, pajem dos meus animais.

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