Parece que os dias não tinham horas que chegassem para tudo o que tinha de fazer. Eu chegava a casa mesmo exaurida, cansada, só com vontade de fechar os olhos e dormir, dormir, dormir. Chegava mesmo a forçar me a fazer outras coisas como ver um vídeo ou ler, mas ler era mesmo a única coisa que ainda conseguia fazer, nos dias em que ainda tinha força. O mês acabou com mais um fim de semana prolongado, em que fui a Lisboa, visitar amigos, ver a Feira do Livro e percorrer Lisboa. Diz que é uma espécie de treino para o caminho de Santiago, mas só até ao final do ano é que saberemos com certeza. Pode ser como pode não ser.
Foi um mês, em que, apesar de tudo, do cansaço do corpo e da alma e da falta de tempo, fiquei bastante inspirada e com alguns projetos na cabeça. E finalmente acho que estou a perder o medo de me atirar para outros projetos novos. Mas com calma, muita calma.
Os tempos livres que eram poucos, foram passados com os joelhos no meio da terra a jardinar, ou mesmo a cavar o chão.
E começo a tomar algumas rédeas de mim própria. Começar a tomar a consciência que a ansiedade faz parte de mim e por isso tenho de viver com ela sim, mas também tenho de a controlar.
Rever rotina diária - Não me debruçei muito sobre este assunto é verdade. Mas tentei sempre tornar a minha rotina mais eficiente embora eu sei que posso fazer mais. Só me falta deixar a preguiça de lado mas também tenho que ouvir o meu corpo.
Rever a roupa de verão para ver se realmente uso tudo - Comecei sim, mas não acabei. Porquê? Acham que este tempo dá para fazer alguma mudança para o armário de verão de vez?
Continuar a ajeitar o jardim - Como um bom a jardineiro! Até bolhas na mão ganhei!
Começar a caminhar diariamente ao fim do dia - Não, nada disto. Cansaço, falta de tempo, e com isso falta de vontade.
Não gastar dinheiro - Correu mais ou menos. Tive uns percalços a meio, mas controlei me bem. Mas acabei à grande e à francesa.
Rever o blogue clube de leitura companhia da tinta - Tomei a decisão mas, não fiz nada ainda.
Sol, jardim, um chapéu glamouroso e estou feliz. Corpo cansado e moído com o trabalho, e a sensação de mais metas concluídas. Não consigo demonstrar a sensação de felicidade quando chego ao jardim e vejo aquilo a ganhar cor e vida. Quando vejo um inseto comum ou não, o meu coração explode com uma alegria e inocência infantil, como se fosse a primeira vez que vejo aquilo. Ainda faltam muitas flores para o meu canto mas já está a compor-se. Eu dava me bem a viver uma vida à "Green Acres".
Entretanto está a passar o Abril Contos mil da Mafalda e eu ainda não li nada! A ver se consigo nestes dias. Vejam os filmes que ela tem feito acerca da história dos contos e com sugestões de autores por géneros.
A Vanessa mostra a sua experiência com os livros, que mostra que nunca é tarde para o nosso gosto por livros aparecer.
.Dizem que são férias, mas já nem estou para isso.
Era assim que eu as querias receber.
E assim que as queria acabar
Mas entre a previsão de baixa de temperatura e chuva, um telemóvel caro, e que eu adorava que foi à vida, saber que afinal já não vou ao próximo encontro dos clássicos vivos, estou para lá de chateada.
Portanto estas férias vão ser para curar este remoer que sinto dentro de mim que nem com uma aula de combat passou. É que a chuva ainda suportava e bem, mas ficar sem o telemóvel que para além de estar impecável, cheio de fotos que não fiz cópia, implica eu ter que gastar dinheiro que não estava planeado, e saber que afinal já não vou ao encontro do clube que já quero ir à tanto mas tanto tempo, deu cabo de mim.
Portanto se quiserem saber de mim, estou num canto escuro. Onde ouvirem assim um rosnar, sou eu.
O provérbio diz " Abril, águas mil" e acho que este Abril, não vai fugir à regra. Nós bem que nos queixávamos da falta de água, mas entre os ventos, os granizos do tamanho de berlindes, e as chuveiradas agrestes, já não há alma que não chore por um dia de sol, de calor. Quem não tem saudade de uma churrascada no jardim? De estender as pernas ao sol? Parece me que como um herói no auge da sua epopeia, ainda vamos ter muito que caminhar até ter o prémio merecido.
Este mês acaba com uma semana de férias para mim (oh yeah!), e com uma visita de um familiar que já não via há mais de 4 anos. Para acabar em grande era só mesmo ser acariaciada por dias de sol, jardinagem, pinturas ao ar livre, e piqueniques. É pedir muito? Melhor melhor, era ainda ter boas noticias na consulta da ansiedade. A ver vamos como corre.
Vamos entrar no segundo mês em que vou como um relógio ao ginásio: não só porque estou a ir direitinho como manda a lei, mas porque é andar como um bonequinho de corda, é entrar vestir treinar lavar vestir e sair, entrar no trabalho e almoçar em 5 minutos. Custa? Pensei que ia custar mais.
Com isto tudo estou com um bom feeling para este mês. E vocês?
Pintar aguarelas
Acabar plantar jardim
Imprimir fotos
1ª caminhada na praia do ano
Organizar canto trabalhos manuais/secretária
Fazer um pic nic
Voltar as caminhadas de final de tarde
Acordar mais cedo por dia para um momento zen
Sinceramente,
Mais para ler
BLOGGER
Sou a Sofia Gonçalves. 29 anos. Curiosa sem fim, exploradora de livros, advogada de boa comida, gestora de estados ansioliticos, caçadora de sonhos, escriba escrava da palavras da minha cabeça, pajem dos meus animais.