Hoje venho divagar acerca da limpeza dos ginásios, de como sou um foco de doenças, de como os sabões são boas almas, e como o nosso sistema de saúde é mais um departamento de morte assistida. Tanta coisa numa história pequena? Já vão perceber.
Há um mês e pouco,apareceram três manchas na minha barriga- Coloquei um creme e supostamente melhorou. Só que não, e nesta última semana, com o calor intenso e o suor, aquilo piorou. Tentei terça e quarta consultas abertas no centro de saúde, nada. Tentei num hospital, estava a abarrotar de gente e para o que tinha não estava com paciência para estar uma hora à espera ou mais para em 5 minutos me receitarem um creme. Finalmente, quinta consegui consulta porque a senhora lá cedeu. Porquê? Agora para marcar consultas tem que ser presencial. Ou seja tenho que fazer duas viagens. Se estiver a trabalhar tenho que gastar tempo para marcar e tenho que gastar tempo para ir à consulta. Se estiver doente, de cama que nem me mexa, tenho que me esforçar a sair duas vezes. Ridiculo não é? Na minha opinião é.
Lá o médico disse que era uma cena fungosa. E onde é que a Sofia apanhou isto? No ginásio, claro. Por isso eu mesmo no Solinca já não tomava banho e evitava a piscina. Já tinha ganho um fungo na unha, na piscina. E agora que tomava banho no Fitness up, pois vou na hora de almoço e tenho que ir lavadinha para o trabalho, fico com fungo na pele! Anos, pessoal, anos desde cachopa em piscinas públicas e nunca tive nada. Dois ginásios, e fico assim. O que primeiro me faz questionar da limpeza dos ginásios, como é feita, e que me leva a crer que acho que ainda vou desistir. Vou mesmo é investir numa bicicleta em casa para treinar nas semanas de muita chuva e correr que é o que me faz bem.
O sabão? O sabão é só porque parece que é isso que faz bem à pele e que nunca deviamos deixar de usar por causa do pH. Já para não falar que é mais sustetável em termos ambientais por causa do plástico da embalagem.
E agora, me desculpem, que eu vou me isolar e matar as bichezas.
Vou vos confessar algo. Em Dezembro, logo nos primeiros dias, dirigi-me à minha cabeleireira, totalmente invicta que cortava o cabelo naquele dia. Já tinha corte escolhido e tudo. A minha cabeleireira apesar de muita relutância, aceitou porque sabia qual era o meu problema com ele e, lá começamos. Contudo, nessa minha ida estava marcado lavagem de brilho (não me lembro do nome técnico) e madeixas, que foi o que se fez primeiro. Depois de muito, muito tempo e o meu estômago já a roncar com a fome, chegou a hora de voltar a sentar frente ao espelho e começar a pentear para cortar.
Qual era o meu problema? Os nós. O meu cabelo não é o mais glamouroso de sempre, e dá me muito trabalho: raiz oleosa, pontas secas, e todos os defeitos de um cabelo encaracolado menos os caracóis. Mas para além disso é muito instável: hoje tenho um cabelo estilo afro anos 60, amanhã tenho o assapado sem forma nem penteado. Mas eu gosto dele, com muita, muita (inspira), muita paciência consigo ajeitá lo e se fosse rica e pudesse, uma cabeleireira a pentea lo todos os dias: tinha o cabelo mais lindo de sempre.
A minha realidade é lidar mesmo com os defeitos dele e por isso, ao longo destes meus anos sempre me fartei rapidamente dele: já passei por várias cores e misturas com madeixas e cortes. O corte sempre foi o meu refúgio quando os defeitos do cabelo começam a ser problemáticos. Mas desta vez, para além de ter prometido a mim mesma que até aos 30 não cortava mais o cabelo, não me lembro de o ter tão comprido, loiro como sempre quis e não estar todo descolorado, e a gostar dele. Tirando os nós. Os nós eram um problema, porque com madeixas, o cabelo parte muito facilmente, e quando se lava o cabelo, as pontes de hidrogénio que formam a forma 3d do cabelo e todos os seus trejeitos, estão instáveis e por isso, facilmente partimos o cabelo. Quando queremos que ele cresca e saudável isto é algo que não pode acontecer. Por isso, eu saia do banho com rastas de nós e tentava depois de o cabelo um pouco seco começar a pentear. Mas era muito díficil.
Nesse dia em que ia cortar o cabelo, demoramos 20 minutos para tirar os nós, porque quando se faz madeixas o cabelo fica um extra mais seco. Depois do cabelo todo esticado, e começar a ver as tesouras fora, comecei a ficar com dúvidas. Coisa que, em questões de corte, nunca me aconteceu. E comecei a dizer eu gosto dele comprido, e a minha cabeleireira a dizer e ele está tão bonito. Mas e os nós, senhor? E os nós?
Ficamos em compromisso. Ainda não era desta vez que ia cortar o cabelo. Ia experimentar usar os menos novos amigos: uma Wet Brush e " Meus Caracóis Intensos" da Novex. Não quero outra coisa.
A Wet Brush é uma escova, cujas cerdas são tão flexiveis, que tem alguma força para desfazer o nó, mas não o suficiente para forçar o cabelo e partir. Dobram de tal forma que o cabelo vai se mexendo mas não em demasia, e assim pressionar o cabelo a partir. São as escovas para tirar nós per se. Sendo recomendadas mesmo para quem usa extensões.
O produto da Novex adoro porquê? Primeiro, cheira a Verão. Não sei porque coloco aquilo e lembro-me logo de praia. Segundo, posso colocar muito produto, que não fico com o cabelo oleoso. Pode ficar assim um pouco mais dificil de secar, ou com um brilho diferente, mas não fica oleoso. E adjuda imenso a tirar os nós, porque é quase como colocar creme. O cabelo desliza muito melhor.
No final, penteio o cabelo molhado e quase nenhum cabelo me fica preso à escova. Por isso, se vocês sofrem de nós e têm um cabelo forte, quebradiço, recomendo que experimentem este duo. Agora já nem em franjas penso fazer.
Numa de fazer browsing no facebook, deparei me com uma notícia da NiT (New in Town), sobre a experiência de uma das escritoras com o No Poo Method. Uma vez que ando fixada em fazer o meu cabelo crescer não importa o quê, resolvi procurar mais e experimentar.
Basicamente, o que este método propõe e com toda a sua lógica é evitar os shampoo que vendem em quase todo o lado pois apresentam uma lista enorme de sulfatos, parabenos, DEA e TEA, e outros produtos que nos fazem mal. Basicamente é: quando mais espuma faz, pior nos faz. Para além disso, quanto mais lavamos o cabelo mais tiramos o óleo natural do nosso cabelo que o protege das agressões, e que por isso faz com o nosso cabelo fique em pior estado. Ou seja ao tratarmos com shampoo é basicamente pior o remédio que o soneto.
Então este método, na sua forma essencial, diz tirar o shampoo da nossa rotina, e começar a usar bicabornato de sódio e vinagre de cidra, podendo nalguns casos utilizar um condicionador. Contrapondo esta teoria com toda a informação que já tinha reunido acerca de métodos para fazer crescer o cabelo de uma forma saudável, toda esta informação tem lógica. O shampoo agride o nosso cabelo, e esse óleo é necessário por muito que para pessoas como eu que tem a raiz oleosa, é chato. No entanto quanto menos agredimos o cabelo menos vamos estar a forçar a produção dos óleos, e por isso o cabelo entra numa produção normal.
Das coisas que fui retirando da Internet deixo aqui algumas que reti:
- Não lavar muitas vezes o cabelo: o ideal será 1-2 vezes por semana. A minha questão é por exemplo quem vai ao ginásio todos os dias, como eu já fui como lavo o cabelo? Deixa lo com o suor é impensável porque faz mal, mas lavar só com água também não é bom. Penso que o bicabornato é boa opção mas pode secar muito o cabelo, por isso devemos levar o condicionador também.
- Não escovar o cabelo quando está molhado: aqui está um problema para quem, como eu, ganha nós só de virar a cara de lado. É verídico, as cabeleireiras muitas das vezes ficam pasmadas comigo, porque elas escovam, vão dar uma volta e quando voltam têm de escovar de novo. E imaginem tenho o cabelo curto.. Quando temos o cabelo molhado as pontes de hidrogénio do nosso cabelo estão enfraquecidas. Se pentearmos podemos forçar a quebra dessas ligações e assim quebramos o cabelo. O que é chato para quem quer deixa-lo crescer.
- Cortar as pontas do cabelo regularmente: não precisamos de regular o corte pela Lua, nem nada disso. Não há magia nenhum nisto. É lógica básica: as pontas começam a ficar estragadas e devem ser cortadas de vez em quando para ser só um 1 cm, e não vários cm se formos poucas vezes. Até nós podemos uma vez por semana pegar nas pontas e quase uma a uma cortar o bocadinho estragado.
- Evitar penteados que puxem muito pela raiz: preciso explicar este ponto?
- Massajar frequentemente a cabeça: assim estimulamos a circulação sanguínea e, melhoramos a alimentação do nosso cabelo.
- Manter o cabelo bem hidratado: máscaras (o mais natural possível), óleos, como o óleo de ricino ou de côco ou mesmo de argão. Eu adoro e são muito, muito bons!
- A qualidade da água com que lavamos: sim, parece estranho mas é verdade! Se filtramos a água da torneira para bebermos, porque não haveriamos de filtrar para o nosso cabelo, pois a água tem compostos usados para a sua limpeza que acaba por agredir o nosso cabelo e pele. Só é pena ser dificil arranjar um filtro para todo o tipo de cabeça de duche e que não seja caro...
- O tipo de escova: embora devemos evitar escovar, não escovar de todo é quase impossível, pelo menos para quem não tem o cabelo todo encaracolado. Então devemos usar o melhor possível: com dentes largos. E de possível que tenham diferentes comprimentos de dentes. Eu tenho uma escova com dois tamanhos diferentes, sendo que os mais pequenos são de pelo de javali pois ajudam a dar brilho espalhando melho o óleo natural da raiz.
Existe muito mais truques e dicas, como por exemplo a alimentação: biotina, omega 3, e vitamina B são essenciais. Podemos tomar isso como suplemento. Beber muita água, não estar stressado e afins. Adicionalmente, existe um monte de mézinha caseiras para fazer em casa (como aqui) bem como shampôo naturais (como aqui). Eu no ano passado já tinha experimentado introduzir algumas máscaras caseiras e notei logo diferença, ao final do mês. Sim temos que ter atenção que estes métodos sendo mais naturais, são mais lentos.
Eu já experimentei uma vez lavar o cabelo com o no poo method e.. GOSTEI! Não fiquei com o cabelo a cheirar mal, ficou leve, fofo ao toque, só estou à espera de ver quando tempo demora a ficar oleoso. Só não é prático para tomar banho fora de casa mas se isto durar resolvo isso. Será que é desta que vou ter um cabelo enorme e saudável?
Desde há um ano que me tenho deparado com um problema: os malditos 5 quilos que não perco nem por nada deste mundo! Tem sido uma batalha gigantérrima, que me faz cada vez mais ver que estou a ficar velha.
Há poucos anos bastava fazer um jantar só de sopa que em duas semanas perdia logo 2 quilos. Agora posso comer leve, posso cortar a açucar, faço mais exercicio ( e como deve ser!) e mesmo os míseros 5 quilos que estão a mais não saiem. Começo a criar a teoria que devem ser já 5 quilos entrelaçados com o resto do material celular do meu corpo e já não sem. Já estão encrustados!
Com a mudança para a dieta sem glútem pensei que ia perder pelo menos logo 2 quilos. Nada ainda... NADA! Tive uma gastro, mudança de dieta sem glúten e uma reacção alérgica na mesma semana, e nem assim abati!
Por isso vou levar a coisa mais a sério (ainda mais) pois este ano tenho 2 casamentos no mínimo e quero estar fabulous! Então tem duas coisas que vão começar a fazer:
- um diário de alimentação
- um menú para a semana.
E dizem vocês mas isso não é mudança na alimentação? Pois não, porque de momento eu não vejo o que raio possa estar a fazer mal. Eu já como poucos hidratos, e não abuso nas comida processadas. Corto nos açucares. Portanto das duas uma, ou como algo que me faz mal e não dou por ela, ou então não sei mesmo. Eé isso que o diário me permite analisar. E o menú por sua vez permite me planear melhor as refeições. Ah e sim, vou começar a fazer yoga no minimo 3 vezes por semana.
Quem se debate com os mesmo problemas que eu? È que eu já digo 5 para chegar a um peso aceitável para mim, mas tenho médicos, naturopatas e avaliadores do ginásio que dizem que ainda posso perder mais. Não sei como, se este 5 já são o que são, imagino os restantes....
Imagem : Pinterest
Sinceramente,
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Sou a Sofia Gonçalves. 29 anos. Curiosa sem fim, exploradora de livros, advogada de boa comida, gestora de estados ansioliticos, caçadora de sonhos, escriba escrava da palavras da minha cabeça, pajem dos meus animais.