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The Daily Miacis

What I've Been Reading #9

A Lei de Murphy, e outras razões para as coisas correrem mal, por Arthur Block

Murphy Law all the reasons why everything goes wrong, by Arthur Block

Este pequeno livro, lido em pouco mais que uma hora, consegue entre leis, axiomas, corolários, excepções e outros conceitos que tais, de forma bem conceituada, explicar que tudo na vida pode correr mal. É dos melhores livros em que lemos e conseguimos logo desde a primeira página concluir " eu me relaciono com isto ". E, se pensam que um livro cujas páginas só são enchidas por leis, metaleis, hipóteses será muito chato, nem pensar! É de rir, porque a verdade é que as coisas são tais e quais como ele as descreve que parece tudo tão mal, mas resumindo, não é tão mal com pensamos. Penso que a Lei de Murphy e tudo que é dissertado a partir daí, pode ser aplicada em qualquer área (e ele aplica em várias, engenharia, investigação, hierarquia, vida, pessoas, até no amor) e realmente é verdade tudo o que lemos. Simples, claro, humorístico, sádico, realista, e que consegue entender melhor a vida e o karma, que o próprio Budha. Vá não exageremos, são pontos de vista diferentes; contudo, não de todo diferentes, porque o resumo que podemos tirar deste pequeno livro é: não vale a pena sofrermos por antecipação, o que virá, virá, e como diz o Budha o que temos é o agora, é o presente e é esse que temos de viver. Porque como Murphy explica, a selecção aleatória verdadeira está na mão de Deus, ou seja, ninguém sabe o que acontece, e a probabilidade de algo acontecer é sempre 50% (ou acontece bem ou mal, mesmo que signifique não acontecer). Deixo aqui a listagem das passagens que mais gostei, e que me fizeram rir tanto.

Lei de Murphy - Se algo pode correr mal, correrá mal

Filosofia de Murphy - Sorria... amanhã será pior.

Primeira Lei de Ciclismo - Qualquer que seja o sentido em que pedale será sempre a subir e contra o vento.

Regra da Frustação Felina - Sempre que o gato lhe adormecer no colo e parecer muito feliz e amoroso, terá de ir subitamente à casa de banho.

Observação de Etorre - A outra fila está a andar mais depressa (embora o Nuno Crato em "Passeio Aleatório" explique o porque dessa ideia)

Lei de H.L. Mencken - Os que sabem, fazem; os que não sabem ensinam.

          Extensão de Martin - Os que não sabem ensinar, administram.

Primeira Lei de Debate - Nunca discutas com um tonto - as outras pessoas podem não notar a diferença.

Lei de Patton - Um bom plano para hoje é melhor do que um plano perfeito para amanhã.

Lei de Gummidge - A profundidade de conhecimentos é inversamente proporcional ao número de afirmações percebidas pela generalidade do público.

Corolário de Weinberg - Perito é a pessoa que evita os pequenos erros para que ninguém lhe possa apontar os grandes.

Lei de Potter - A quantidade de críticas suscitadas por uma questão é inversamente proporcional ao verdadeiro valor da questão.

Distinção de Barth - Há 2 tipos de pessoas : o das que dividem as pessoas em 2 tipos e o das que não se preocupam com isso.

Sexta Lei de Kamin -  Ao tenter prever  e equacionar os movimentos macroeconómicos de legislação económica, nunca se deixe enganar pelo o que diz o politico, em vez disso, veja o que ele faz.

Lei de Weiler - Nada é impossível para o homem que tenciona não fazer coisa alguma.

Postulados de Pardo:

          1. As coisas boas da vida ou são ilegais, ou imorais ou fazem engordar.

         2. As 3 coisas em que podemos confiar são o dinheiro, o cão e uma mulher idosa.

        3. Não interessa ser rico ou pobre, desde que disponhamos do sufeciente para viver confortavelmente e tenhamos tudo o que desejamos.

Lei de Katz - Os  homens e a nação passarão a agir racionalmente depois de terem esgotado todas as outras possibilidades.

Axioma de Mr. Cole - O total da inteligência existente no planeta permanece constante: a população está em aumento.

Lei de Matsch - É melhor ter um fim horroroso do que sofrer horrores sem fim.

Citações do livro " A lei de Murphy e outras razões para acontecerem mal"

Sinceramente,

Sofia G.

Series Style : Claire Raisen de Dominion

Olá Setembro! Veio em força, com o calor forte que costuma ainda ser típico nesta primeira quinzena, mas aos poucos e poucos, aqui e ali, nota-se o tempo a ficar mais frio, ou sou só eu?

Hoje começo com uma série de posts que já há algum tempo pensava fazer, acerca de personagens de séries cujo estilo eu aprecio bastante, e que ditam nalguns casos certas tendências. E a primeira é a Claire Raisen da série "Dominion" que já vai na segunda season. A série retrata um mundo pós-apocalíptico, depois de uma guerra, entre anjos e humanos. Os anjos, por ordens superiores, resolveram que era hora de novo limpar o planeta terra dos humanos, desta vez sem haver um Noé para salvar um casal de cada espécie. Mas, Miguel, um dos arcanjos superiores, contrariou essas mesmas ordens e protege a humanidade, sabendo que uma criança estava profetizada a nascer com mensagens do Pai todo superior, para salvar a humanidade. "Dominion" já vem do seguimento do filme "Legion", que adorei, mas a série já dá outra perspectiva de como a sociedade recuperou depois do primeiro impacto. Do elenco todo, temos a Claire Raisen, interpretada pela Roxanne McKee cuja actriz já interpretou um papel secundário na série "Game of Thrones". A Claire faz o par romântico com a criança que estava profetizada a proteger a humanidade, que na série já é bem grande, e é a  primeira dama da cidade.

Escolhi-a porque gosto da forma como ela conjuga sempre roupas clássica e roupa/acessórios mais modernos como peças associadas ao estilo roqueiro, ou trendys. Ora um dia está radiante, ora outro dia está com um ar mais dark. Claro que ajuda ela ser uma actriz lindíssima, mas a conjugação de peças que ele tem é fantástica para mim. E o topo da cereja é os penteados que só me dá vontade de dormir todos os dias com o cabelo preso por molas a ver se cresce para ficar igual ao dela. Penso que a forma de vestir dela reflecte muito a sua personalidade, porque demonstra que ela consegue ser uma pessoa limpa, honesta, inocente, mas quando é necessário vira tudo do avesso. Não existem muitos stills dela na série, logo não tenho muito exemplo de outfits que ela tenha na série, e por isso deixo aqui a recomendação para verem a série que não é nada má, toca num assunto um quanto tabu para algumas pessoas, mas que dá uma boa perspectiva de nós como humanidade e como somos quando estamos no nosso pior.

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Matine #13

Já há algum tempo que não fazia um matiné. Tenho andado a atualizar as séries (gente desocupada dá nisto... )e por isso os filmes ficam assim um pouco atrás. No entanto desde o ultimo matiné já tenho alguns filmes para falar, breve resumos.

Testament of Youth (2015)

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Inspirado no livro das memórias da personagem principal do filme, Vera Brittain, Testament of youth retrata a evolução de toda uma geração jovem britânica desde o pré, até ao pós primeira guerra mundial. Vera Brittain, filha numa família com alguma riqueza, rebelde e sonhadora, pretende entrar em Oxford, tendo conseguido convencer o pai e realizado o teste de admissão. Pelo caminho apaixona-se pela personagem do Kit Harrington, algo que ela nunca pensou que fosse acontecer. Mas tudo muda quando a primeira guerra mundial rebenta, e então começa a ver-se toda uma geração inocente, a ir ao encontro da guerra, sem ter bem ideia do que isso significava. Vera, foi a que mais sofreu, vendo todos os que eram amigos dela a morrerem, e ela própria a ir para a linha da frente para conseguir salvar os que mais pudesse e estar perto do irmão. Foi aí que ela também foi enfermeira, tratou dos alemães feridos. Quando se dá a vitória da guerra, vemos Vera a assimilar por tudo que passou, e com dificuldade a reingressar nos estudos,  e os sonhos que tinha de ser escritora já não têm o mesmo significado. O filme acaba com um relato do que aconteceu a Vera após guerra, sendo que ela tornou-se numa grande pacifista. Tirando alguns pormenores, como o filme ser demasiado ídilico, embora eu pense que seja talvez essa a ideia que queira ser passada, acho demasiado para um filme de guerra. Mas é um bom filme que demonstra como uma geração pode ser completamente alterada, ou não...

Terminator Genisys (2015)

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Bem, eu nem sei como começar a dizer o quão errado Terminator Genisys foi. O desperdício do talento da Emilia Clarke, as piadas rebuscadas, as referências sempre presente dos filmes anteriores, os paradoxos temporais, mas pior de tudo, de tudo foi... quererem humanizar o terminator Schwarzenegger. Basicamente o resumo desta história, é que estamos no dia em que a Skynet é destruída, pela resistência guiada pelo famoso John Connor,  mas para tudo dar correto o pai do Connor tem que ser enviado para o passado para proteger a mãe, Sarah Connor, para daí nascer o John Connor e recomeçar toda a história. Mas é aí que torce o rabo do porco: quando Kyle, o futuro (passado?) pai do John está na máquina acontece um evento que ele ao presenciar, cria uma nova linha temporal em que a Sarah Connor já sabe tudo, e já é protegida pelo terminator desde os 9. Com o desenrolar da acção, o Kyle tem memórias que ele nunca viveu porquê? Por causa da nova linha e assim, deles viajam de novo no tempo para um ano em que Genisys, o protótipo da Skynet, vai ser lançado e que afinal foi tudo criada pelo John Connor (depois saberão porquê...). E basicamente é luta, pew pew pew, e é tudo destruído. E ficam todos felizes, menos quem viu o filme.

The Jane Austen Book Club (2007)

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Não me lembro bem já como tinha The Jane Austen Book Club para ver há muito tempo e acabei por vê-lo por acidente a fazer zapping na televisão. E gostei! Eu gosto deste tipo de filmes que não são muito conhecidos, lamechas e que falem de livros. Conhecemos logo no início as personagens que vão fazer parte do clube de livro, que é criado como uma forma de apoiar um dos membros que perdeu um cão, mas que para ela era como um filho. E no fim, o clube acabou por se tornar uma forma de ajuda para todos. Basicamente vemos as personagens a desenvolver-se e a identificar com as personagens dos livros da Jane Austen. Mas é engraçado a forma como debatem os livros, e como conseguem quase tornar as personagens reais. Dá vontade de ler todos os da Jane Austen (já li um, só me falta os restantes). O meu resumo não faz jus ao filme, mas não sei bem o que dizer, porque senão digo demasiado, mas o filme também não é muito complicado. São personagens com problemas reais e a lidarem com eles, sendo que o Clube é uma forma de ajudarem a resolver os problemas.  Aconselho bastante.

Woman In Gold (2015)

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Woman in Gold, é um filme acerca de um quadro que sempre gostei e não sabia nada acerca dele, e baseado numa história real. A personagem da talentosa Helen Mirren, é uma antiga austríaca judeu, que na segunda guerra mundial conseguiu fugir, com muito custo, da mãos dos Nazis. Mas que pelo caminho deixou toda a fortuna, todas as lembranças e toda a família. Mas quando uma irmã dela morre, ela resolve reclamar o que é seu. Não fazia ela ideia o que isso implicava, e que acabaria por estar dentro de todo um processo onde teria que se depor contra os interesses da propria Austria, que embora proclame devolver os tesouros aos donos antes da guerra, neste caso isso já não se aplicava. Helen lutou, muito à custa da personagem do Ryan Reynolds, e conseguiu o quadro que retrata a sua querida tia. Tenho de admitir que adoro o estilo da Helen neste filme, linda como sempre. E, este filme demonstra, de uma forma diferente, o que foi a segunda guerra mundial. É toda uma perspectiva diferente porque não é extremista como no caso dos filmes que retratam os campos de concentração que é demasiado intenso, este nesse sentido é mais leve, mas não deixa demonstrar como as pessoas foram despojadas, e como para nós seria dificil ter de tomar as opcções que foram necessárias tomar naquele tempo, e a força que foi necessária para começar de novo.

Ufa, já foram alguns filmes, deixo aqui referências dos outros que vi, que embora não faça a descrição não implica que sejam maus, aliás tem muitos bons como John Wick, Kingsman, The Second Best Marigold Hotel, This is Where I leave you, Mad Max: Fury Road, e claro Jurassic World, que foi uma desilusão autêntica!!!!

E vocês, viram alguns dos filmes? Que acharam?

Sinceramente,

Sofia G.

What I've Been Reading #8

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Danças na Floresta, por Juliet Marillier

Wildwood Dancing, by Julliet Marillier

Já há algum tempo que não publicava uma review de um livro sem ser para o desafio. O desafio é muito bom para obrigar a ler livros fora dos temas que queremos sempre ler tendencialmente, mas ás vezes não dá, não há vontade. E este estava mesmo a olhar para mim, aliás esteve para ser o livro para o ultimo ponto do desafio que fiz, mas achei que o livro que ficou com esse lugar melhor para falar.Estava a contar com um livro para um adulto jovem, mas acabou por ser da categoria juvenil na minha opinião, tendo em conta o teor da história, o desenrolar e atitudes das personagens; no entanto não deixa de ser uma história que apela aos nossos sonhos de quando éramos mais jovens, e em algumas partes, uma certa personagem consegue criar em nós um ódio tremendo. No fundo esta história é um pouco que todas nós meninas alguma vez desejamos que era ter um animal de estimação que nos entendesse, ter um mundo mágico fora da nossa casa quando quiséssemos, e aparecer-nos o amor da nossa vida. Este livro consegue ter amor, drama, traição, perda, fantástico, amizade, referências a vários contos conhecidos como vampiros, anões, trolls, fadas,bruxas, e mais outras histórias que se digo, estrago.

Seguimos a história das 5 irmãs que vivem em Piscul Dracului, a casa da família, que era conhecida por existir num local, que de acordo com o folklore da vila, estava ligada a magia mas com um teor mau. Mas as meninas, quando se mudaram para lá, novas, e sem acreditar no que lhe diziam, encontraram um portal que na noite de lua cheia se abria, para um mundo mágico. Então desde aí, uma vez por mês, elas vestiam-se como para uma gala, e iam para esse mundo, passar a noite inteira a dançar com os seres mágicos que as aceitaram como visitantes desse mesmo mundo. Das 5 irmãs a história é contada da perspectiva da segunda irmã mais velha, Jenica, que é a filha mais certa, não tão bela, com uma boa cabeça para gerir o negócio que o pai tinha. A sua mãe morreu havia anos, e só tinham a elas, o pai, e os empregados do castelo. A vida de Jenica é marcada por episódio triste quando era mais criança, em que ela e os seus dois primos direitos, correram e brincaram na floresta, acabando por ir ter ao local que todos diziam ser perigoso, um pântano. E o seu primo mais velho acabou por morrer. Mais tarde, devido a complicações de saúde do seu pai, complicações familiares, e de prioridades, e quem é prioritário, Jenica vê-se desamparada: a sua irmã mais velha está doente porque está apaixonada, seu primo sobrevivente toma conta do negócio, e Jenica acaba por perder mesmo o sapo que era o seu companheiro desde há bastantes anos e com o qual tinha uma ligação muito forte.

A história passa-se na Roménia, o que me deu mais prazer a ler o livro porque eu já estive algum tempo na Roménia e adorei o país. E por isso identifiquei-me com a cultura. Acho que o livro, embora não tenha referências como as conhecemos a vampiros, bruxas, fadas etc., consegue nos fixar na história pelos acontecimentos passados de uma forma ritmica, e então vamos sempre querer saber o que vai se dar depois. E, honestamente, embora possa considerar um conto de fadas no geral, não é assim tão cor-de-rosa pois existe um teor bem negro na história,principalmente no que toca a escolhas que as personagens têm que fazer.

Gostei do fim, foi expectante e no entanto quando começei a ler não diria que acabaria assim, pois até 2 terços do livro a personagem Jenica, que é uma personagem feminina forte, com atitudes garridas, e coesas, via-a sim a acabar bem mas não da forma que acaba.

 É uma boa leitura para estes dias de Verão, pois o mundo descrito lembra um pouco " Um sonho numa noite de Verão", embora a história passe em pleno Inverno continental. Sinceramente,Sofia G. 

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Sou a Sofia Gonçalves. 29 anos. Curiosa sem fim, exploradora de livros, advogada de boa comida, gestora de estados ansioliticos, caçadora de sonhos, escriba escrava da palavras da minha cabeça, pajem dos meus animais.

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