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The Daily Miacis

O que tenho lido #29 + 365 dias com Poirot e Marple

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Sim estou atrasada nas leituras deste desafio, mas tenho andado ocupada, e não tem sido fácil. Hoje falo do livro "Tragédia em 3 actos" de Agatha Christie, para o desafio 365 dias com Poirot e Marple.

 

Resumo:

São treze os convidados para um jantar que virá a ser particularmente infeliz para um deles: o reverendo Stephen Babbington, que se engasga com um cocktail e acaba por morrer. Quando o seu copo de Martini é enviado para análise, não há quaisquer vestígios de veneno – tal como Poirot previra. Mas para o grande detective belga, mais preocupante ainda é o facto de não existir absolutamente nenhum motivo para o crime...

 

A leitura deste livro foi méh. Mas não foi merveilleux como a publicidade, foi mesmo méh. Outro em que lembrei me do episódio da série "Poirot", em que lembrei quem era o autor, como foi, até de certas cenas e falas. Em compensação, estou admiradissima com a minha memória, pois tenho me lembrado de vários episódios que já vi, e alguns foram de uma forma tão errática, que nem sei como é possível lembrar-me.

 

Temos Poirot, que só aparece a meio do livro, e muito em segundo plano. A sua figura só ganha importância no final terço deste livro. Temos duas mortes e as personagens principais, não conseguem de forma alguma encontrar linhas comuns, ou razão. E investigam a título pessoal e, até de satisfação da sua curiosidade. Até que tropeçam em Poirot que, cheirou que de facto algo estava errado. Poirot lá consegue através das suas pequenas células, faro e insistência. E no final temos o fechar da cortina.

 

Não gostei do enredo, demasiado simples para um crime até complexo. Não gostei das personagens principais, de tal forma que nem me lembro do nomes delas. Foi até agora o livro que menos gostei porque não consegui criar ligação nenhuma, foi ler mesmo até ao fim porque sim. 

 

PS: Para quem gosta da série "Poirot" deixo aqui um documentário que vi no Youtube, engraçado.

PS1: Vou atrasar-me neste desafio; não me quero justificar muito mas tenho um desafio pessoal para Julho, então não vou conseguir ler os livros. Estou atrasada e já tenho "Os crimes do ABC" para ler, por isso já só começo a ler em Agosto "Um corpo na bilbioteca". No entanto não significa que não vou ler estes livros, vou é trocar a ordem destes vou inseri los noutra altura. Como estou a ver que temos algumas participações estou a pensar fazer um concurso no final do ano/inicio do proximo isto porque temos uma leitura no 30 de Dezembro, então só contará para o ano.

 

1 de Janeiro de 2018 “ O Misterioso Caso de Styl

 

Sinceramente,

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O que tenho visto #3 - The Mummy

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 Tom Cruise e eu, é negócio que não funciona.

O único filme que gostei de Tom Cruise foi no Scary Movie 4.  Porque não era ele, mas a gozar com uma personagem de um filme em que ele entrou. A minha parte favorita é a que goza com a famosa entrevista da Oprah.

 

Mas, tudo mudou neste filme. Quase que me abstraia do facto de ser ele que estava no filme. O tema do filme contribuiu, sou uma colada em Egiptologia, e por isso já deduzem que sim, fui uma fã da saga " A Múmia". Quando vi o trailer e a notícia que este filme ia sair, depois do nó no estomâgo não-acredito-que-escolheram-o-tom-das-cruzes, fiquei mais arreliada por fazerem um reboot  de uma saga que foi boa nos dois primeiros porque funcionava a magia entre os actores, e porque o contexto da história e da realização davam o toque místico com. Se falarmos do terceiro filme da saga " A Múmia" já ninguém comenta, ou então goza com os Yetis. Não consegui nutrir carisma pelo filme, porque embora a ideia fosse ver o casal fora do mundo do Egipto, é uma transição chocante, forçada e sem qualquer humor num filme que constantemente tenta puxar por uma piada. Já para não falar que os actores, não há nada ali, não se sente carisma nem paixão entre nenhum deles.

 

"The Mummy" não é um reboot. Sim temos uma história de alguém que foi amaldiçoado, no tempo do egipto antigo, e alguém no presente, um soldado aventureiro que por acidente descobre o túmulo sem ligar aos avisos, e portanto esta múmia começa a matar gente por Londres, até recuperar a sua boa forma, e também temos uma vítima que ela precisa de sacrificar. Embora tudo o que tenha referido "é tão o outro filme", não é o outro filme. Sim temos alguém amaldiçoado, que era uma princesa quase a ser faraó, quem descobre o túmulo dela é um soldado que é um mercenário negro e que roubou a informação de uma arqueóloga, e que é esse mesmo soldado o escolhido como vitima para ser sacrificado pela Múmia que assim completa o ritual dela: transformar o Tom Cruise no demónio com o qual ela fez o pacto.

 

Mas este filme tem uma mudança do paradigma, bastante perspiscaz e em nada descabida. Entramos num universo diferente. Vamos voltar a entrar no universo dos monstros miticos como Múmia, Homem Invisivel, A Critura do Lago Negro, Frakenstein, Drácula, neste filme já temos o Dr Jekyll/Mr Hyde. Penso que a ideia é algo díficil de conseguir um equilibrio perfeito, pois vamos misturar o universo destes vários monstros, que até agora estamos habituados a vê-los representados isolados, cada um no seu universo. Penso que o único até agora que misturou vários monstros míticos foi " A Liga dos Cavalheiros Extraordinários" que para mim é um clássico. É deliciosamente lindo tanto o ambiente steampunk como o mundo pós apocaliptico. 

 

O filme termina com algo no ar, com fios que podem ser apanhados para continuar, como podem ficar assim soltos e não ficarmos com falta de nada. Para mim, penso que era bom continuar a tricotar as pontas soltas.

 

Sinceramente,

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O que tenho visto #2 Wonder Woman

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Este filme, era uma obra prima que estava à espera desde que vi o trailer. Não quando soube que ia ser realizado um live action da super heroína Wonder Woman,mas só quando vi as primeiras imagens do trailer é que me convenceu. Isso, e todo o marketing que andava aí à volta do filme, desde como é simples humilde e uma mulher potente, a atriz Gal Gadot, até à força que rodeava à volta das mensagens do filme que basicamente são duas "Paz e Amor" e "Woman Power".

Inicialmente somos levados por aquelas imagens muito visuais da Ilha das Amazonas, uma ilha paradísiaca, mar azul, cascatas lindíssimas, terrenos verdes, habitações ao estilo grego e todo o resto. Somos envolvidos por aquele ambiente helenista, em que predomina o conhecimento per se mesmo no que toca a conhecimento bélico e estrategista, e a mitologia grega paira no ar. As amazonas também, mulheres lindas com corpos atléticos, várias formas, várias maneiras de ser. Contudo quando chegamos ao diálogo achei-o demasiado robótico. Penso que num filme deste tipo não é fácil, porque se fosse muito emotivo era feminismo cor de rosa a mais, mas aqui as conversas robóticas empolgadas pelo sotaque do leste não ajudaram muito. É um equílbrio muito dificil entre clichés feministas e uma Xena. Penso que quem se sobressai mesmo é a atriz que faz de Diana, conseguiu criar uma Wonder Woman integra, humilde e inocente, com os valores morais todos no sitio e sem nos esquecermos que é humana. 

A acção corre de uma forma constante, as personagens evoluem ao longo do filme. Contudo tinha ideia, talvez porque tinha lido um pouco acerca do conceito à volta da Wonder Woman e falado com a Victoria Dane,que o filme apelaria mais aos valores morais. Mas voltamos ao mesmo pau de dois bicos: não podiamos focar na força sobre humana, que dá muito jeito na segunda guerra Mundial, da Wonder Woman e ao mesmo tempo focar na capacidade de relações internacionais para a paz e amor que ela tem. A Wonder Woman é mesmo isso, um símbolo pela paz mantendo o amor acima de tudo. E é interessante, ela chegar à conclusão que são os humanos que têm o poder tanto para a luz como para a escuridão.

 

Temos que ver que não é um filme típico de super heróis, é mais sombrio ao estilo DC mas não é dos mais sombrios da DC. E por isso gosto bastante do filme porque só aí ganha bastante pontos. A minha expectativa era por algo mais, mas também sabemos que estes grandes cluster de filmes de heróis são feitos para massa e ainda bem porque senão não tinha havido este grande ressurgimento que houve da cultura pop nos últimos anos, facilitando a vida aos que já eram geeks e nerds antes da febre.

 

E há que admitir uma coisa : WOMAN POWER!

 

Sinceramente,

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O que tenho visto #1 - Ghost in the Shell

Durante anos que tinha ouvido falar neste título, mas nunca tinha visto nada acerca: nem ler nem anime. Até que saiu o trailer do filme com a Scarlet Johansson e como sempre, o trailer tem um poder de nos atrair e enganar muitas vezes. Um amigo que já tinha visto disse que o anime era excelente, e como eu gosto muito da temática entre a luta e a barreira muias vezes nada definida entre ética e robótica na mão de quem pensa que é Deus, era indicado. 

 

Vi a primeira temporada, o "Stand Alone Complex", de 2002, e vi tudo de uma vez. Gostei. Gosto do contexto , do tema, do estilo da animação, da história e das personagens, que para mim têm imensa profundidade. Mesmo o "vilão", para mim é mais humano que alguns seres chamados humanos. Para mim é uma óptima idealização do que poderá ser o futuro, e permite nos pensar até que ponto podemos deixar de ser fruto da evolução e passar a ser fruto da nossa imaginação, produção e robotização. 

No filme "Ghost in the Shell" penso que toda a complexidade deste assunto foi esbatida. Antes de tudo, o que se passava com a Scarlet Johansson? A personagem dela, Major/Motoko, é toda ela uma prótese de um corpo alojando somente o cérebro verdadeiro (daí "Ghost in the Shell", ghost é a alma que vem do cérebro e shell a concha que é o corpo robótico que fecha sobre o cérebro) mas na série ela anda normal. Se estamos numa época em que se criam uma forma de conectar ao orgão mais complexo que temos a um corpo róbotico, mimetar todas as conexões sensoriais e motoras que existe no nosso sistema nervoso, não iam conseguir fazer um corpo que se movimentasse como as articulações de um humano? Mas aparentemente a Scarlett Johansson achou que devia ter uma movimentação um pouco rígida. É mesmo estranho ve-la nalgumas cenas, parece que lhe pesam os braços e que tem um torcicolo. Penso que uma frase que vinha numa critica a este filme no The Guardian diz muito "This movie gives us the shell, but not so much of the ghost."

 

Àparte dos movimentos da personagem principal, o filme começa de uma forma simpática. Temos uma preview de como o corpo da Motoko acaba na mão da empresa Hanka que produz toda a robótica e próteses nesta história, vemos o processo de criação do corpo que me fez lembrar de "Westworld", vemos como acorda e passamos para o ano seguinte, em que a Major, já faz parte do Sector 9, lutando contra o terrorismo cibernético. Temos algumas paisagens e panorâmicas que lembram a série anime, mas de resto acho que pouco tem de igual ao original. Contudo e apesar de tudo, no inicio estava a gostar bastante. Era tolerável, ao contrário do que muitas criticas diziam que era pior adaptação de anime ao live-action. Não, ninguém rouba esse título ao M. Night Shyamalan. E não vamos sequer comentar "Dragon Ball Evolution". 

O que estragou foi tudo do meio para a frente. O "vilão" estragou tudo, a backstory estragou tudo, estragaram tudo na cena final que é uma luta icónica nérie, e estragaram tudo no final no twist  da história e da própria mensagem. Não gostei, não focou no que devia ter focado e desviou-se da mensagem principal.

 

Temos uma Scarlett com uma representação fria, um mundo que pouco é explicado o que se passa lá, e mudança da mensagem principal. Fiquei desiludida.

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Sinceramente,

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BLOGGER
Sou a Sofia Gonçalves. 29 anos. Curiosa sem fim, exploradora de livros, advogada de boa comida, gestora de estados ansioliticos, caçadora de sonhos, escriba escrava da palavras da minha cabeça, pajem dos meus animais.

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