Pelos Caminhos de Santiago: Galiza + Santiago
Alo! Alo! Voltei por estas bandas! E espero que não se tenham esquecido de mim que eu não me esqueci de vocês.
Hoje (ainda) não é um post acerca dos caminhos de Santiago completo que ainda não o fiz mas está na minha lista. No entanto já fiz alguns trechos do caminho (ver aqui um deles) e na semana passada, fez ontem uma semana, fui a Santiago mesmo, mas de carro (fiz batota por assim dizer). O caminho foi feito lentamente inicialmente para apreciar a beleza costeira do norte de Espanha, que honestamente não conhecia nada. O máximo que conheço do Norte de Espanha é Tui , e Tui quer dizer um hipermercado e o Outlet. Assim, deu para ver a beleza das Ilhas Cíes, Vigo, e com o calor que estava, até dava bem vontade de esquecer a meta e ficar nas praias bem abrigadas do vento e aproveitar aquela água clara que podia estar fria, mas era bem convidativa (até se por o pé não é verdade?).



Eu já tinha estado em Santiago, mas tinha sido numa daquelas excursões do género do Inatel, em que ver monumentos não se vê nada, e metade da viagem é para comer. Ou seja, só vi a praça principal e pouco mais. Desta vez entrei na Igreja e, tenho que admitir algo. Eu fui educada como católica romana, mas não sou apologista de nenhuma relegião (aliás se defendo alguma religião é o Budismo porque é a única que é baixa em pretensionismos e o mais próximo do harmonia com o mundo que nos rodeia, nomeadamente o respeito pela natureza), e penso que já se fez, e continua-se a realizar crimes em nome de alguém que não está presente e que define uma religião. Mas tenho que dar o braço a torcer, que embora o dinheiro pudesse ser gasto em gesto de caridades práticos e reais, para quem precisasse, foram feitas obras de artes. Temos que constextualizar que na época em que todos estes edíficios foram erguidos, não havia nem metade da tecnologia que existia hoje para construção. E no entanto, temos mastodontes de pedra erguidos, e trabalhos ao pormenor! Nas igrejas eu fico sempre parada a observar 3 coisas: as estátuas/altares, os vitrais, e os tectos. Numa igreja estão me sempre a ver de cabeça para cima.



















A catedral tem muito para se ver, e tem visitas guiadas, até dão um "telefone" que, com vários idiomas, e a zona onde estão, diz o que estão a ver e conta a história. Da próxima vez, que só vi depois quando estava em Viana num panfleto, uma das visitas permite andar nos telhados da catedral. E deve dar para ver as imensas gralhas de nuca cinzenta que andam por lá, que fazem a música ambiente do sitio. Esta gralha, eu estava no outro lado da praça principal, vi a a pousar nos tubos do elevador das obras da fachada da frente, e consegui lhe tirar uma foto. Não foi fácil que elas escondiam-se rapidamente. E depois tirei uma foto as uns pombos simpático.


Para além da arte que existe em Santiago, é de admirar e bater palmas, aos peregrinos. Estão sempre a chegar e a sensação que tenho é que cada vez é maior o número de peregrinos. E admiro, a vontade e a fé que os move. A praça principal, estava cheia de peregrinos a acabar de chegar, a pé, de bicicleta, com cães, e todos ou admirar a igreja, ou então sentados à sombra a "meditar" e descansar, na meta deles.


Depois de ver uns souvenirs, era hora de voltar a Portugal, mas antes sem comer qualquer coisa e paramos em A Guardia, num restaurante onde provei o meu novo marisco favorito: zamburinas em espanhol, que são um tipo de vieira, mas mais pequeno, quase do tamanho de uma ameijoa gigante. Mas são saborosas, porque também foram bem cozinhadas ( e a fome era muita).


