Isto é que é o topo da organização Sofia, publicar o post das metas quase em plena metade do mês de Agosto.
Mas é isto que eu tenho ultimamente, é para quando dá. E eu prefiro mais tarde que nunca.
Agosto, é para quem me conhece e não conhece, o mês das festas da minha terra, que me viu crescer, as festas da Senhora da Agonia. Aquela festa que é um marco do ano como é o Natal ou o aniversário. Não falha, tem que se lá estar. Faz parte das almas do Vianenses, e quando não se pode, é um vazio como se aquela parte do ano não tivesse existido A chieira é-nos grande, mas temos tanto orgulho nela e queremos mostrar. Por isso sei que neste mês, 4 dias são mesmo é para Romaria, e que não é agonia nenhuma!
O tempo de Verão parece que vem este mês não é? A minha esperança é que se mantenha até Setembro, porque quero bom tempo para as férias. Ainda assim, antes de pensar em férias, tenho que pensar em organizar as coisas. Se há coisa que odeio é ir para férias e deixar assuntos pendentes. É que depois nas férias parece sempre que temos a sensação que deixamos alguma coisa de importante em casa.
Quero ganhar força e absorver este tempo tão bom, fazer reserva, porque parece que não (e que a minha avó não me ouça porque já pareço ela) o Outono está aí à porta. E quero aproveitar tudo enquanto posso.
As metas são:
Participar nos cortejos da Senhora da Agonia (mas isto nem se punha em questão)
Fazer tapetes na festa da Senhora da Agonia
Ler para o book bingo leituras ao sol 2 (não posso arrastar muito mais o the reader's of Broken Wheel recommend)
Nos dias mais calmos caminhar com o Chewie na praia
Ajeitar as estantes para colocar os livros da BD da Disney ( faz parte do Organize a sua casa do projeto da Cláudia)
Arrumar as ervas para fazer chá no Inverno.
Provavelmente à mais coisas, mas isto vai se mesmo é ajustanto o passo à medida que caminhamos.
Um dos muitos dons que os livros têm é de nos colocar a pensar, e colocar em questão muitas das coisas que já tinhamos como certas. De momento estou a deliciar-me com " The Broken Wheel's readers recommend", e das várias experiências fora da minha zona de conforto que fiz este ano, acho que me tornei uma fã de chick lit.
A personagem principal nesse livro abre uma livraria. E, esse pequeno gesto diz-me muito. Há anos que eu falo de querer abrir uma livraria, com livros novos, livros velhos, confortável, com locais para ler e encontros de clubes literários com mantas, café e scones. E não é só porque é trend agora. Embora numas das minhas teorias da conspiração pense que o marketing está feito para, como nos filmes, temos épocas em que somos inundados várias modas para pegar e mover assim o comércio, a verdade é que por vezes essas modas fazem nos descobrir paixões. Eu já tinha esta paixão há muitos anos, nunca a tinha era refinado tão bem.
Mas a vida arranja-me desculpas, que eu uso facilmente e nunca me debrucei a sério sobre o assunto.
Falava deste meu sonho com o meu namorado, e ele respondeu que, infelizmente, isso já não dá. As livrarias grandes, e online já servem o seu propósito melhor que uma livraria perdida no meio de uma cidade (isto porque eu já não coloco em questão no meio de uma aldeia que na minha cabeça até faria muito mais sentido, alimentar a alma de quem não tem tão fácil acesso).
Contudo eu contrapus: para mim como compradora e leitora, faz me falta o atendimento personalizado. Não sentem isso? Hoje em dia com os serviços processados e criados para as vendas serem mais rápidas e facéis, não passamos de um número, de um nome e de uma linha no processamento das vendas. Sinto falta de um atendimento com uma pessoa, que fale comigo. Que me surpreenda, que me dê uma opinião ou uma sugestão. Quando vão comprar um carro, não se sentem mais seguros quando falam com um vendedor que vos sabe explicar para o vosso modo de vida, qual o melhor carro, tendo em conta a motorização, combustivel e acessórios que o carro tenha? Eu sinto falta disso com os livros. Sinto falta de me dizerem se gostas de fantasia porque não ler este autor? E olha saiu este livro está muito bom porque o autor parece mesmo que se inspirou muito neste clássicos da fantasia, etc.
Meu namorado respondeu muito prontamente " És a primeira pessoa que ouço dizer isso". Pois ele não fala com muita malta que leia livros, e ele confirmou "porque vocês são um nicho muito pequeno".
Seremos? Nós leitores compulsivos que temos necessidades de estar sempre a enchar as nossas prateleiras, somos tão poucos ainda que não fazemos força em termos comerciais? E a falta de personalização nas vendas, está se a torna num luxo, em que só em certas nichos altos é que existe, e que as pessoas pagam?
Não consigo deixar de pensar, que sinto pena. Pena porque estamos a acelerar tanto o nosso modo de vida, que por muito que queiramos ser únicos e diferentes, não nos tornamos nada mais que um número, um dado, uma estatística. E tenho pena, que os livros não tenham o cuidado que deviam ter, nem a força para mover o mundo.
Sábado acordei com uma pequena surpresa. Faltava pouco para as 10h quanto tocaram na nossa campainha. Era uma menina, a querer falar sobre a compostagem. Nós já tinhamos um compostor, e abri a porta só para lhe mostrar o que já tinhamos, pois advinha de outro projeto em que nos foi oferecido o compostor.
Contudo à medida que ia falando com a menina, apercebi me que o compostor oferecido pela câmara de Viana era melhor, e tinha muitas mais vantagens, a vários níveis, principalmente na que me interessava: era mais rápido a compostar.
O compostor, construído com ripas de madeira permitindo mais entrada de ar e água, foi construido pelos meninos da APPACDM de Viana. Cada compostor tem identificado o seu número de construção e quem o construiu, são 7500 no total para serem entregues no distrito de Viana. Para além do compostor, que tem um tamanho considerável, com uma porta na parte superior e outra na parte inferior para tirar o substrato, oferecem uma peneira, para peneirar o substrato no final, um termómetro, fitas de pH para avaliar a acidez ou alcalinidade do substrato, um balde para colocar os restos orgânicos não cozinhados na cozinha, e um objeto para ajudar a remexer o substrato e o aerificar.
O intuito deste projeto é ao oferecer estes kits, as pessoas reduzirão a quantidade de resíduos orgânicos que tinham de ser levados para os aterros, e assim evitaremos o aumento das taxas de tratamento de resíduos. Ou seja os custos de agora são muitos menores que os custos do futuro. É uma boa forma de primeiro diminuirmos ao lixo que temos, e usá-lo para criar substrato que pode ser usado para a jardinagem.
Só tenho a acrescentar como fico orgulhosa quando vejo uma Câmara como a de Viana a entregar-se a um projeto como este, usando não só o tema sustentabilidade como foco, como utilização de meios multidisciplinares. Que venham mais projetos.
Um ano a dizer nada de jeito às sextas feiras. E aparentemente mal contadas porque tive duas vezes dois posts com os número repetidos e ainda assim, o primeiro bitaite da sexta saiu a 15 de Julho. Algo não está certo aqui e eu não sei fazer contas. Mas, sei a resposta ao enigma da foto, porque li o "À boleia pela Galáxia".
Tive tantas ideias para o post de hoje durante a semana, mas foi uma semana tão animalesca de trabalho, de calor que finalmente veio, e de vontade de fazer zero quando chegava a casa. Exatamente neste momento que escrevo, resolvi fazer decorações para jantar de São João. Sim, estou sempre a inventar. Mas é o que me acalma a cabeça, e fecha aquela voz.
Queria pelo menos registar nesta primeira rodada anual de bitaites da sexta, que também um ano e um mês depois estou a mudar a medicação para a ansiedade, para parar. Vamos ver como o corpo reage e o meu coraçãozinho de Satã!
Espero que tenham um bom fim de semana! Um bom São João! E deixo aqui umas quadras só para vocês!
Ó meu rico São João
Não tenho muito dinheiro
Nem manjerico, nem manjericão
Para me dar um cheiro.
Tenho medo do balão
E da fogueira nem me chego
O martelo, isso é que não
Só o alho porro me dá sossego
Tenho folhas de papel
e muita imaginação
The Daily Miacis é um carrocel
Que gira até no São João!
(ainda bem que não me contratam para escrever as rimas do manjericos)
SInceramente,
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Sou a Sofia Gonçalves. 29 anos. Curiosa sem fim, exploradora de livros, advogada de boa comida, gestora de estados ansioliticos, caçadora de sonhos, escriba escrava da palavras da minha cabeça, pajem dos meus animais.